Monday, October 22, 2018

Boundaries

Familia destruturadas de diversas formas têm e vão continuar sempre a ter a atenção do cinema de estudio e mesmo dos trabalhos mais independentes. Este pequeno filme pensado para nos dar uma historia de vida sobre personagens no limite tinha ambiçoes criticas que acabaram por desaparecer de imediato depois das primeiras visualizações já que os seus resultados acabaram por ser pouco fortes. Talvez por isso este pequeno filme estreou de uma forma silenciosa e com resultados comerciais inexistentes.
Sobre o filme as relações entre mãe sozinha e filhos são usualmente filmes de impacto emocional elevados, principalmente porque os filmes nos dão usualmente personagens infantis ou juvenis algo estranhas ou pelo menos com caracteristicas vincadas proximas do espetador. O filme aqui resulta, alias parece-me claro que a na personagem de Henry que o filme tem o seu melhor apontamento perdendo por em tudo o resto ter a preocupação de ser excentrico mais do que propriamente competente.
E a competencia do filme perde-se essencialmente pelo facto de ter uma narrativa pouco objetiva ou mais que isso uma narrativa que parece não ter o caminho traçado para um objetivo. Temos ao longo do filme o potenciar de uma relação de extremos entre avô e neto, temos a procura de uma mãe pela felicidade dentro da sua especificidade e pouco mais em termos daquilo que é o sumo da historia do filme.
POr tudo isto parece-me um daqueles filmes independentes com boas intenções mas que não tem sumo para alimentar um filme de primeiro linha, pelo que se esconde no lado emocional principalmente das relações construidas e desconstruidas que o filme acaba por ter. Fica a sensação que o filme a determinada altura tenta divagar demais para aquilo que na realidade nos consegue dar.
A historia fala de uma mãe "solteira" amante de animais que embarca numa road trip com o seu disruptivo filho adolescente e com o seu progenitor também ele longe de ser uma pessoa dentro da lei.
Em termos de argumento a base ou pelo menos o contexto do filme e interessante mas depois em termos de intriga e mesmo na complexidade das personagens parece-me um filme algo vazio em conteudos o que acaba por o tornar pouco interessante.
Na realizaçao o trabalho a cargo de Shana Feste vai no sentido da carreira da realizadora ate ao momento filmes algo simples para o lado independente e sem força particular para triunfar comercialmente, numa carreira com ja alguns filmes mas com pouca força curricular.
No cast Farmiga e Plummer são dois actores de primeira linha que executam sempre bem os seus papeis mesmo que sejam interpretações de dificuldade baixa como neste filme. Melhor registo para o jovem MacDougall que depois de ja ter tido uma boa participação A Monster Calls aqui parece-me uma interpretação mais versatil que me parece diagnosticar um futuro interessante.

O melhor - MacDougall

O pior - A falta de um rumo difinido no filme.

Avaliação - C-

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