Estreado no festival de Sundance do presente ano e com o patrocinio do mesmo, esta estreia na realização do musico Boots Riley foi sem duvida uma das surpresas do ano, principalmente em termos criticos onde conseguiu um reconhecimento interessante e que inclusivamente já resultou em duas nomeações para os Gotham Awards. Comercialmente e tendo em conta que é um filme obviamente pensado em minorias os resultados foram consistentes, e não fosse um espirito demasiado rebelde e poderiamos estar a falar num filme a ter em conta na temporada de premios.
O primeiro adjetivo que me sai depois de ver este filme é surreal, contudo sublinha-se que se trata de um filme surreal pelo lado positivo de uma criatividade acima da média, num filme que mais não é do que uma satira bastante original da exigencia profissional dos nossos dias, com sequencias absolutamente absurdas mas que funcionam num humor proprio e mais que isso numa realização de primeira linha.
Este e daqueles filmes que ou se gosta porque conseguimos entrar no espirito do filme, que foi o meu caso, ou se odeia já que tudo nos parece uma opera sem sentido, cena apos cena, onde a excentricidade e mais que isso a incorreção se encontra presente. Os detalhes do filme são deliciosos e dá-lhe uma roupagem completamente diferente daquilo que se pode esperar. Pode nao ser o melhor filme do ano, mas será sem sombra de duvidas uma das experiencias mais originais que vamos poder assistir no presente ano.
Mas se pensamos que o filme é apenas a excentricidade do conceito estamos bastante enganados, é um filme com conteudo com uma moratória muito bem assinalada, mesmo que por vezes nos pareça que o filme lance este ponto para segundo plano para fazer resultar o seu lado mais non sense e mais que isso o seu lado mais controverso, contudo a preocupação pela mensagem esta presente do primeiro ao ultimo minuto.
A historia segue um rookie operador de telemarkting que ve a sua vida mudar no momento em que consegue triunfar na arte, e muda por completo o seu estilo de vida, enquanto tudo à volta não o acompanha, contudo começa a perceber que a empresa para a qual trabalha está longe de ser algo convencional.
Em termos de argumento podemos dizer que o filme é uma explosão de criatividade quer na narrativa central que vai adicionando constantemente novos elementos, mas principalmente nos detalhes, onde me parece claro que o filme é mais forte e as escolhas são claramente mais planeadas para a mensagem final. Um dos grandes argumentos ate ao presente momento de 2018.
Na realização o trabalho de Riley é surpreendente, com claras inspirações em diversos estilos de realizador o resultado final e brilhante num filme com risco, com creatividade com rebeldia, ingredientes que faz talvez deste filme uma das melhores estreias de realizadores no presente ano. Com esta assinatura podemos ter uma realizador de futuro.
No cast o filme tem ao leme Lakeith Stanfield, oriundo da serie comica Atlanta, o jovem actor tem uma personagem complexa, bem desempenhada e que funciona principalmente no seu desleixe. Ao seu lado uma das revelações afro americanas dos ultimos tempos Tessa Thompson, acabam por lideram um cast interessante e que serve por completo os propositos do filme.
O melhor - A originalidade dos promenores de argumento e realização do filme.
O pior - Pode ser demasiada rebeldia para um filme so
Avaliação - B+
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