A questão da troca de sexo, ou principalmente o desconforto por nascer no sexo errado, é um tema que principalmente na adolescencia nunca foi tratado com complexidade por filme nenhum. Este é um pequeno filme que pese embora se proponha tratar deste assunto o faz de uma forma ligeira, longe de ser o filme com a dimensão necessária que este tema exige. Talvez por isso e depois das primeiras visualizações o filme acabou por criticas demasiado medianas que não o potenciaram para grandes voos. Em termos comerciais os resultados acabaram por ser limitados fruto da pouca distribuição que o filme acabou por ter.
Sobre o filme, tudo até parece encaixar bem numa fase inicial, a introdução de uma personagem problematica com dificuldade de inclusão devido aos seus objetivos e mais que isso à sua situação, contudo rapidamente temos um filme que se torna demasiado ligeiro, numa familia complexa, que conduz o filme muitas vezes para uma dimensão mais cóica do que prorpiamente dramatica. Na questão da procura do progenitor, principalmente para um filme tão pequeno, parece que na maior parte do tempo o filme procura caminhos que não se relacionam consigo proprio.
Talvez por isso o filme seja demasiado pequeno para ser a bandeira do tema. O que com o cast que acaba por ter me parece que poderia ir muito mais longe, trabalhar mais nos conflitos das personagens e familia, ir mais ao fundo no desconforto fisico e emocional do que está ali em causa, acabando por se tratar de um filme demasiado simplista e ligeiro para o que toca.
Mas mesmo assim tem bons momentos os maneirismos da personagem central, a ligação familiar, a mensagem positiva dao a este filme a conotação positiva e de final feliz que se exige numa primeira instância quando hollywood tenta trabalhar o tema. Mas parece-me que este tema em si merece neste momento um filme com mais corpo.
A historia fala de uma familia que tem que abordar com o desejo de uma adolescente em trocar de sexo. Tudo fica mais complicado quando nesta decisão acabam por surgir o pai biológico e de criaçao da menor como decisores de tudo o que ira acontecer.
Em termos de argumento é pena que o tema sirva mais para contexto do que propriamente como base para o argumento. parece-me que tudo começa pelo caminho certo, contudo algumas opções tornam o filme mais um drama familiar comum do que propriamente um filme sobre o tema em si. aqui parece-me alguma falta de arte em perceber a importancia do que ali estava.
No que diz respeito à realização, simplista de Gabby Dellal ela não consegue também levar o filme para outros voos sendo demasiado simplista, alias como a maioria do filme. A realizadora ja com alguma experiencia ainda procura o seu filme mais conceituado, que provavelmente não será ainda este.
No cast todas as despesas do filme estavam da caracterização e interpretação de Fanning, a jovem actriz que se encontra num bom momento de forma, tem momentos interessantes outros onde nos parece mais rebelde do que alguem compenetrada no problema. Num estilo de filme que normalmente funciona bem para potenciar interpretaçoes, fica a sensação que tudo poderia ser bem melhor. O mesmo acontece com Watts, com um papel que poderia ser mais exigente do que aquilo que realmente foi,
O melhor - O tema de base
O pior - Acabar por esquecer este tema como central em toda a trama
Avaliação - C
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