Sundance nos ultimos anos tornou-se uma montra não só para jovens realizadores, mas para alguns que com carteira em filmes menos conhecidos tentam o salto em obras mais exprimentalistas. Um dos filmes que foi apresentando em 2016 e com resultados criticos positivos foi este Walking Out, que só agora viu o seu lançamento comercial existir com resultados plenamente rudimentares muito por culpa da falta de uma verdadeira estrela.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme simplista sobre a relação pai filho num contexto de diversidade de interesses. E aqui surge alguns dos momentos de maior intensidade emocional, principalmente quando o filme entra na luta pela sobrevivencia, aqui o filme adquire mais ritmo, mais profunidade em termos dos niveis que atinge, e acima de tudo mais significado. Talvez por isso o filme consiga ter um valor que muitos outros filmes igualmente independentes e com argumentos mais difusos não consigam.
Contudo tendo em conta que se trata de um filme emocionalmente pesado parece-nos obvio que a escolha dos seus protagonistas deveria ter sido mais ponderada. E aqui principalmente a escolha de Matt Boomer deixa muito a desejar pela forma como na maior parte do tempo o actor exibe fragilidades na intensidade que fornece aos seus momentos de sofrimento sendo quase sempre as sequencias perdidas para o seu jovem companheiro de reparto.
Por outro lado tambem na fase inicial e na dosagem de flashback nem sempre o filme consegue potencializar ao maximo aquilo que o mesmo poderia valer neste ponto, principalmente na fase inicial onde penso que a relação entre os protagonistas deveria ser mais trabalhada para assim resultar numa caracterizaçao mais efetiva de cada momento.
A historia fala de um jovem que visita o pai, uma pessoa com interesses muito proprios, principalmente no mundo da caça. Um pouco a contragosto o jovem embarca numa aventura com o progenitor em busca de caçar um animal particular que se vai tornar numa luta pela sobrevivencia.
Os filmes de luta pela sobrevivencia e de desafios fisicos são habitualmente filmes demasiado parecidos ou com processos muito similares, aqui pese embora alguns dos dialogos ou tensão emocional pai filha seja interessante e bem potenciada parece-me também que o filme nunca consegue ter um sublinhando completamente diferenciador.
Na realizaçao a dupla de Smiths ainda desconhecidos tem uma realização simplista mas onde o horizonte e a neve contextualizam a todo o nivel. Sera certamente um bom balanço para uma carreira mais visivel, pese embora ainda surja algumas dificuldados na forma como não intensifica as sequencias de ação.
No cast o filme falha obviamente a entregar a um actor com algumas limitações o protagonismo maior. Boomer nao me parece preparado para estes voos, num filme exigente aos actores do ponto de vista dramatico. Todas as debilidades tornam-se ainda mais claras quando um jovem vulgar como Wiggings lhe consegue roubar todas as sequencias
O melhor - Os momentos de intensidade dramatica pai filho
O pior - Matt Boomer em versão limite
Avaliação - C+
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