Uma das surpresas criticas de Sundance foi este filme, sobre reação à perda e mais que isso sobre o desenvolvimento tecnologico como forma de ultrapassar a saudade dos entes desaparecidos. Filmado com um carater bem independente este filme acabou por reunir boas avaliações em Sundance pese embora insuficientes para ser um dos premiados. Comercialmente so alguns meses depois o filme conseguiu o lançamento em cinemas selecionados com resultados muito curtos mesmo tendo em conta o numero de cinemas nos quais estreou.
O filme conta com uma premissa muito interessante ou seja a possibilidade de continuarmos a interagir com as pessoas que gostamos depois de mortas atraves de hologramas com inteligencia artificial. O problema do filme e que se torna demasiado intriorizado na potenciação desta estrategia o que acaba por tornar tudo demasiado aborrecido parado, e não dar intensidade a uma ideia que nos parece bastante criativa e que poderia funcionar melhor na execução do filme.
Mas o filme tem outro ponto que me parece interessante que é o caracter circular das personagens, também aqui o filme e original na forma como as diferentes personagens vao utilizando a formula com os que vão desaparecendo. O problema maior do filme principalmente em termos de cinema, é a falta de dinamica que faz com que um filme claramente pensado para teatro tenha mais dificuldades de ritmo no cinema.
Mesmo assim um argumento que nos parece cimentado em alicerces com muito potencial, mas que para funcionar em pleno, ou pelo menos num nivel mais vincado deveria ter sido adaptado a um cinema mais completo, mais tranversal, de grande publico, e menos uma obra intimista de dialogos soltos com as mesmas personagens que acabam por ter algum caracter emocional, mas que nunca são suficientes para prender o espetador a cadeira.
A historia fala de um jovem casal que de forma a tentar auxiliar a mãe da mulher a ultrapassar o alzheimer adquirem um programa que permite que esta interaja com o holograma do falecido marido quando este era novo. COntudo esta ferramenta vai acabar por ser funcional com outras pessoas deste agregado.
Em termos de argumento é obvio que a ideia de base não só é inovadora, como criativa. Em termos de forma o filme também nos parece bem escrito com a sua estrutura circular, falta-lhe alguma fibra emocional de forma a fazer aproximas os espetadores que se distanciam quando os dialogos sao demasiado intimistas.
Na realização Almereyda, tem um trabalho simples, num filme com inspiração futorista o filme arrisca muito pouco, limitando-se a filmas os personagens como se de uma peça de teatro se tratasse, quando me parece que o filme poderia ter ido mais longe. Almereyda tem sido um realizador algo perdido numa segunda linha do cinema, aqui conseguiu um bom reconhecimento critico mas a visibilidade do filme pareceu-me insuficiente para mais.
No cast temos papeis com alguma intensidade dramatica, principalmente de um Tim Robbins que nos final da sua carreira tem nos dados alguns dos papeis mais densos de uma carreira nem sempre em alta. Ao seu lado uma Genna Davis quase desaparecida e um John Hamm que da algum nome ao filme.
O melhor - A ideia de base do filme.
O pior - A falta de intensidade ou fibra da forma como o filme é feito
Avaliação - C+
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