Sunday, July 31, 2016

Jason Bourne

Passados 14 anos do primeiro filme e principalmente depois de uma bifurcação, para uma outra personagem facilmente poderemos considerar a saga Bourne como uma das mais eficazes no mundo do cinema de acção e espionagem dos ultimos 20 anos, criando um novo mito vivo em termos de herois de acçao. Neste quinto filme partimos com a equipa de maior sucesso ou seja a personagem central volta a ser Jason Bourne, e Matt Damon como actor e na realização Paul Greengrass. O resultado contudo parece talvez o mais modesto principalmente nesta equipa junta com as avaliaçoes criticas ao contrario dos outros filmes a não serem tão consensuais, mesmo que comercialmente tudo aponte para mais um sucesso e provavelmente uma abertura de portas para a continuaçao da saga.
Se existiu fenomeno que principalmente os tres primeiros filmes conseguiram foi que todos eles fossem amados pela critica e em caracter ascendente. Pois bem eu partilho da opiniao principalmente em considerar Ultimatum uma obra prima da açao dos tempos modernos. Neste filme temos algo mais simplista, um aproveitamente mais objetivo daquilo que é o filme ou seja poucas falas, uma intriga muito mais basica e aqui o filme perde muito do seu poder, e depois o carisma de uma personagem que funciona perfeitamente na roupagem que Damon lhe dá.
Mas e incontornavel comparar o filme com os seus antecessores e é facil perceber que se trata de um filme claramente mais simples e por isso mais proximo de outros filmes semelhantes. Se bem que as sequencias de ação sao planeadas ao detalhe, se as localizaçoes fazem-nos lembrar em muito o que James Bond faz, e que todo o carisma da personageme esteja lá parece obviamente que falta muita intriga e a capacidade do espetador ser surpreendido por um guião quase sempre by the book.
Em termos de novos elementos se a actualidade do tema, pelo menos de parte dele nos parece uma boa aposta por parte do filme, no que diz respeito ao lado pessoal do filme as motivaçoes parece-me nem sempre bem trabalhado, muito esteriotipado e mais proximo de um filme serie B de acçao do que propriamente a qualidade dos detalhes que a segir nos habituou.
A historia segue novamente Jason Bourne que de alguma forma tem contacto com a origem do seu passado e principalmente com a intervenção do seu progenitor na transformaçao no assassino letal que se transformou Jason Bourne.
O argumento é claramente o ponto onde o filme fica mais prejudicado, e aqui parece obvio que a falta de Gilroy se faz sentir, principalmente pela incapacidade de um tronco mais forte, pela estrutura simplista que nunca abdica de surpreender, aqui parece-nos que tudo é demasiado objetivo, demasiado direto ao ponto. Falta alguma capacidade de tornar diferente algo que todos os filmes anteriores tinham. Mesmo sendo um competente filme de açao.
Greengrass e o melhor realizador de Bourne isso e obvio, principalmente na forma como da carisma a personagem, como a torna crua e enigmatica. Depois a proximidade com Matt Damon faz as coisas ainda funcionarem melhor, em opçoes faceis com grande orçamento no que diz respeito a forma como o filme salta de cidade para cidade, cada vez mais proximo de James Bond.
Em termos de cast, sem prejuizo para as qualidades de Renner enquanto actor, Jason Bourne funciona melhor com Matt damon porque tudo foi criado por si, o espirito o lado duro é o que ele quer fazer dele. Nos secundarios Vikander e uma presença mais para dar nome do que propriamente pela dificuldade do seu papel, e registo para um tommy Lee Jones sempre competente como vilao.

O melhor – A forma como o carisma da personagem alimenta a saga

O pior – Claramente ser um parente mais pobre comparando com os anteriores.


Avaliação - B-

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