Passados 14 anos do
primeiro filme e principalmente depois de uma bifurcação, para uma
outra personagem facilmente poderemos considerar a saga Bourne como
uma das mais eficazes no mundo do cinema de acção e espionagem dos
ultimos 20 anos, criando um novo mito vivo em termos de herois de
acçao. Neste quinto filme partimos com a equipa de maior sucesso ou
seja a personagem central volta a ser Jason Bourne, e Matt Damon como
actor e na realização Paul Greengrass. O resultado contudo parece
talvez o mais modesto principalmente nesta equipa junta com as
avaliaçoes criticas ao contrario dos outros filmes a não serem tão
consensuais, mesmo que comercialmente tudo aponte para mais um
sucesso e provavelmente uma abertura de portas para a continuaçao da
saga.
Se existiu fenomeno que
principalmente os tres primeiros filmes conseguiram foi que todos
eles fossem amados pela critica e em caracter ascendente. Pois bem eu
partilho da opiniao principalmente em considerar Ultimatum uma obra
prima da açao dos tempos modernos. Neste filme temos algo mais
simplista, um aproveitamente mais objetivo daquilo que é o filme ou
seja poucas falas, uma intriga muito mais basica e aqui o filme perde
muito do seu poder, e depois o carisma de uma personagem que funciona
perfeitamente na roupagem que Damon lhe dá.
Mas e incontornavel
comparar o filme com os seus antecessores e é facil perceber que se
trata de um filme claramente mais simples e por isso mais proximo de
outros filmes semelhantes. Se bem que as sequencias de ação sao
planeadas ao detalhe, se as localizaçoes fazem-nos lembrar em muito
o que James Bond faz, e que todo o carisma da personageme esteja lá
parece obviamente que falta muita intriga e a capacidade do espetador
ser surpreendido por um guião quase sempre by the book.
Em termos de novos
elementos se a actualidade do tema, pelo menos de parte dele nos
parece uma boa aposta por parte do filme, no que diz respeito ao lado
pessoal do filme as motivaçoes parece-me nem sempre bem trabalhado,
muito esteriotipado e mais proximo de um filme serie B de acçao do
que propriamente a qualidade dos detalhes que a segir nos habituou.
A historia segue
novamente Jason Bourne que de alguma forma tem contacto com a origem
do seu passado e principalmente com a intervenção do seu progenitor
na transformaçao no assassino letal que se transformou Jason Bourne.
O argumento é
claramente o ponto onde o filme fica mais prejudicado, e aqui parece
obvio que a falta de Gilroy se faz sentir, principalmente pela
incapacidade de um tronco mais forte, pela estrutura simplista que
nunca abdica de surpreender, aqui parece-nos que tudo é demasiado
objetivo, demasiado direto ao ponto. Falta alguma capacidade de
tornar diferente algo que todos os filmes anteriores tinham. Mesmo
sendo um competente filme de açao.
Greengrass e o melhor
realizador de Bourne isso e obvio, principalmente na forma como da
carisma a personagem, como a torna crua e enigmatica. Depois a
proximidade com Matt Damon faz as coisas ainda funcionarem melhor, em
opçoes faceis com grande orçamento no que diz respeito a forma como
o filme salta de cidade para cidade, cada vez mais proximo de James
Bond.
Em termos de cast, sem
prejuizo para as qualidades de Renner enquanto actor, Jason Bourne
funciona melhor com Matt damon porque tudo foi criado por si, o
espirito o lado duro é o que ele quer fazer dele. Nos secundarios
Vikander e uma presença mais para dar nome do que propriamente pela
dificuldade do seu papel, e registo para um tommy Lee Jones sempre
competente como vilao.
O melhor – A forma
como o carisma da personagem alimenta a saga
O pior – Claramente
ser um parente mais pobre comparando com os anteriores.
Avaliação - B-
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