Thursday, July 14, 2016

Cell

Stephen King e principalmente os seus livros de terror são alguns dos mais apreciados pelas grandes produtoras para fazer lançamentos de filmes de terror, ou pelo menos com algum suspense. Este foi mais um filme com uma produção demorada, e atrasos sucessivos o que levou mesmo ao seu protagonista a negar qualquer envolvimento posterior com o filme. O resultado perante tantos precalços apenas poderia ser um desastre a todos os níveis, criticamente com avaliações negativas, e comercialmente com uma estreia quase residual e sem qualquer tipo de resultado.
The Cell é daqueles filmes que no final achamos completamente impossível ter saído da mente de Stephen King. Ou seja das duas uma, ou o autor teve uma crise de inspiração ou a adaptação é completamente um desastre não conseguindo em momento algum transmitir onde o filme queria ir. Já que analisando friamente o filme não tem sentido, não tem explicação, não transmite rigorosamente nada ao espectador a não ser confusão entre realidades paralelas ou entre um grupo de pessoas que está virada em Zombie sem ninguém perceber porquê, ao longe de uma hora e meia onde narrativamente nada parece fazer sentido, onde personagens aparecem e desaparecem a um ritmo elevado para não existir qualquer tipo de resultado.
O único apontamento que funciona minimamente é o paralelismo final, e mesmo esse acaba por ser mal realizado muito por culpa de um Cusack cada vez menos convincente nos seus papeis, que torna uma cena que poderia ser de impacto no filme, num amadorismo exagerado. E daqueles filmes que rapidamente perguntamos qual o sentido ou se alguma vez alguém pensou que ali pudesse alguma coisa funcionar.
E um filme que poderia adoptar uma simplicidade vazio de processos da luta pela sobrevivência contra uma causa inexplicável que alterou as pessoas, mas quer mais, quer dar significado ou transmitir algum intelecto a um contexto que não o permite tornando o filme num objecto inqualificável de como não se deve fazer um filme.
O filme fala de um desenhador de comic book que de repente quando se encontra num aeroporto percebe que toda a gente que se encontrava ao telefone, por razões que desconhece começa a agir como um zombie, criando um autêntico caos, que o vai levar na luta pela sobrevivência junto de outras pessoas que como ele não foram atingidas pelo acontecimento.
O argumento é tão disparatado como o resumo acima indica, alias o filme torna ainda tudo pior, quando tenta entrar em realidades paralelas entre sonhos e realidade, quando tenta entrar na forma como a vida virtual imaginaria nos deixa reféns dos telemóveis. Literalmente tal metáfora poderia funcionar mas cinematograficamente e da forma que foi abordada tal nunca acontece.
Na realização Williams é um realizador que até começou bem em Hollywood mas acabou por ser remetido para filmes de terror de catalogo como o segundo Paranormal Activity, quando tenta registar-se no género com um objecto mais pessoal, tem este filme desastroso a todos os níveis, dificilmente sairá deste patamar baixíssimo.
Nos últimos anos todos os filmes que apostam em CUsack como protagonista têm sido desastres autênticos com excepção de Love & Mercy, é um actor fora de forma, com uma interpretação física que não funciona, e um dos casos de descida vertiginosa na carreira, Jackson também não tem tido grande fulgor com excepção das colaborações com Tarantino, e o filme sublinha ainda mais os baixos momentos de forma de ambos.

O melhor - O pequeno risco final, mas mesmo assim pessimamente realizado

O pior - O facto de já um simples filme de zombies seria mau, um intlectual filme de zombies é ainda bem pior.

AValiação - D-

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