É estranho que um
filme que entra tão dentro da historia dos EUA e das suas questões
raciais, com um realizador competente e um protagonista recentemente
galardoado com um oscar seja aposta como filme de verão.
Criticamente a mediana das avaliações poderiam facilmente explicar
o facto do filme não ser lançado em Oscar Season, contudo
comercialmente com esta aposta rapidamente se percebeu que o filme
iria ser um total floop, provavelmente porque no verão toda a gente
quer produtos mais suaves para as suas ferias do que a brutalidade de
um filme historico com mais de duas horas de duração.
Sobre o filme podemos
dizer que é uma montanha russa entre sequencias bem filmadas a alto
ritmo para diversas conclusões, sendo que a espaços o filme tenta
se reinventar em capitulos mas parece que nem sempre o que vem a
seguir tem o fulgor para segurar um filme tão diversificado com
diversos renascimentos e no fim o filme pese embora seja uma
competente e exaustiva aula de historia, que recorre a intensidade
dramatica quando necessita e realismo brutal principalmente na
primeira sequencia, se torne monotono e mesmo aborrecido.
É obvio que o filme
tem uma capacidade de trabalho incrivel na forma como ponto a ponto
da a guerra em questão, mas por outro lado parece sempre nunca
querer agarrar as personagens, dar o que elas são, apenas mostra
alguns sentimentos e principalmente nas situações de maior
conflito, quando assim é o filme parece mais uma linha de tempo, do
que um filme em que percebemos o que vai na cabeça da figura
principal e quando assim é e mais dificil combater as distancias
entre o espetador e o filme.
Ou seja mesmo não
sendo uma obra prima, nem tão pouco um filme marcante parece
obviamente um filme competente, trabalhoso, que quer o melhor em cada
ponto de si. Consegue principalmente no inicio dar um impacto visual,
e emocional, que ao longo do filme vai recuperando e perdendo. No
final temos a noção que é um filme estudado, e preocupado, mas a
quem talvez falte a chama que o diferencie e o torne algo de
absolutamente diferente do que já vimos.
A historia segue um
desertor da guerra que de forma a sobreviver junta-se a outros
furagidos e acaba por criar uma milicia que tem como objetivo
defender a terra e tudo o que é deles, independentemente da cor,
mesmo que isso seja um imperativo politico do contexto que está a
sua volta.
Em termos de argumento,
e uma historia promenorizada, temporalmente muito detalhada, com a
dificuldade de ter de abordar diveros pontos do conflito. Nem sempre
parece conseguir potenciar no filme o maximo de eficacia, já que por
diversas vezes parece que se perde em detalhes historicos e deixa
alguns relacionamentos pessoais de lado, e isso poderia dar ainda
mais impacto emocional ao filme.
Na realizaçao Ross e
um realizador competente, pese embora os seus filmes nunca tenham
grande risco, algo que ate parece que ia contrariar nos primeiros
minutos de filmes, mas depois acaba so por ser objetivo e cumpridor,
falta algum rasgo na abordagem, mas isso tirando em Plesentville
talvez nunca exibiu.
No cast e confesso não
ser um fã claro de Mcconaughey, penso que é um actor que cria
demasiadas defesas no seu overacting e aqui penso que cai por
diversas vezes numa personagem repetitiva tambem muito por culpa do
argumento. O filme pedia uma figura com carisma e isso ele é. AO seu
lado competencia sem grandes dificuldades para Mbatha Raw e Ali.
O melhor – O detalhe
historico do filme.
O pior – Entrar pouco
no lado humano de cada personagem
Avaliação - C+
No comments:
Post a Comment