Saturday, July 16, 2016

Free State of Jones

É estranho que um filme que entra tão dentro da historia dos EUA e das suas questões raciais, com um realizador competente e um protagonista recentemente galardoado com um oscar seja aposta como filme de verão. Criticamente a mediana das avaliações poderiam facilmente explicar o facto do filme não ser lançado em Oscar Season, contudo comercialmente com esta aposta rapidamente se percebeu que o filme iria ser um total floop, provavelmente porque no verão toda a gente quer produtos mais suaves para as suas ferias do que a brutalidade de um filme historico com mais de duas horas de duração.
Sobre o filme podemos dizer que é uma montanha russa entre sequencias bem filmadas a alto ritmo para diversas conclusões, sendo que a espaços o filme tenta se reinventar em capitulos mas parece que nem sempre o que vem a seguir tem o fulgor para segurar um filme tão diversificado com diversos renascimentos e no fim o filme pese embora seja uma competente e exaustiva aula de historia, que recorre a intensidade dramatica quando necessita e realismo brutal principalmente na primeira sequencia, se torne monotono e mesmo aborrecido.
É obvio que o filme tem uma capacidade de trabalho incrivel na forma como ponto a ponto da a guerra em questão, mas por outro lado parece sempre nunca querer agarrar as personagens, dar o que elas são, apenas mostra alguns sentimentos e principalmente nas situações de maior conflito, quando assim é o filme parece mais uma linha de tempo, do que um filme em que percebemos o que vai na cabeça da figura principal e quando assim é e mais dificil combater as distancias entre o espetador e o filme.
Ou seja mesmo não sendo uma obra prima, nem tão pouco um filme marcante parece obviamente um filme competente, trabalhoso, que quer o melhor em cada ponto de si. Consegue principalmente no inicio dar um impacto visual, e emocional, que ao longo do filme vai recuperando e perdendo. No final temos a noção que é um filme estudado, e preocupado, mas a quem talvez falte a chama que o diferencie e o torne algo de absolutamente diferente do que já vimos.
A historia segue um desertor da guerra que de forma a sobreviver junta-se a outros furagidos e acaba por criar uma milicia que tem como objetivo defender a terra e tudo o que é deles, independentemente da cor, mesmo que isso seja um imperativo politico do contexto que está a sua volta.
Em termos de argumento, e uma historia promenorizada, temporalmente muito detalhada, com a dificuldade de ter de abordar diveros pontos do conflito. Nem sempre parece conseguir potenciar no filme o maximo de eficacia, já que por diversas vezes parece que se perde em detalhes historicos e deixa alguns relacionamentos pessoais de lado, e isso poderia dar ainda mais impacto emocional ao filme.
Na realizaçao Ross e um realizador competente, pese embora os seus filmes nunca tenham grande risco, algo que ate parece que ia contrariar nos primeiros minutos de filmes, mas depois acaba so por ser objetivo e cumpridor, falta algum rasgo na abordagem, mas isso tirando em Plesentville talvez nunca exibiu.
No cast e confesso não ser um fã claro de Mcconaughey, penso que é um actor que cria demasiadas defesas no seu overacting e aqui penso que cai por diversas vezes numa personagem repetitiva tambem muito por culpa do argumento. O filme pedia uma figura com carisma e isso ele é. AO seu lado competencia sem grandes dificuldades para Mbatha Raw e Ali.


O melhor – O detalhe historico do filme.

O pior – Entrar pouco no lado humano de cada personagem


Avaliação - C+

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