Quase um ano depois de
ter estreado em Veneza com uma recepção interessante, este filme do
realizador italiano Luca Gudagnino conseguiu expansão aos EUA; ou
não fosse um filme recheado de figuras conhecidas em termos do
cinema mundial. Os resultados criticos do filme foram positivos de
tal forma que alguns ainda referem que ate ao momento as unicas
hipoteses de nomeaçoes estão precisamente neste filme.
Comercialmente e para um filme europeu com poucas ambiçoes
comerciais podemos dizer que os resultados estiveram longe de ser
desastrosos.
Sobre o filme estamos
perante um filme na sua forma de realiazar e na sua intensidade mais
europeu do que americano, na forma como tudo a volta conta para dar o
contexto fundamental para um filme de personagens e de relaçoes. E
também nestes pese embora o conflito seja sempre latente e nunca
expresso acaba por ser um filme com personagens muito particulares,
algumas que funcionam bem melhor do que outras, e acaba por isso
mesmo de ser um filme com melhores momentos em algumas personagens do
que outras, com particular destaque para os desempenhados pelos mais
consagrados como Tilda Swinton e Ralph Fiennes.
Outro dos trunfos do
filme e a paisagem ao escolher uma bucolica vila italiana o filme
consegue fechar as personagens num espaço obrigando-as a interagir
continuamente o que acaba por ser o espaço para todas as emoçoes.
Neste ponto o filme é rico a primeira hora a um ritmo interessante e
com uma toada suave, que penso que funciona melhor do que quando o
filme entra no seu lado mais negro, de mais intigra, que não
funciona tao bem num filme mais expressivo do que falado, e
principalmente com o lado escondido que o filme quer das personagens.
Mesmo assim uma
historia interessante, que não sendo principalmente em termos
narrativos uma obra prima, mas que na forma de realizar demonstra uma
maior beleza tradicional do cinema europeu, que acima de tudo
consegue captar algumas das boas interpretaçoes do ano, num filme
que pede isso aos seus actores e estes respondem a um bom nivel.
A historia fala de uma
famosa artista da musica que depois de ter problemas na voz
refugia-se numa pequena vila italiana com o seu namorado mais novo,
ate que recebem a visita de um estranho ex-amante dela e da sua filha
que ira mexer com a tranquilidade do espaço, e com a definiçao das
relaçoes.
Em termos de argumento
o filme, não sendo na base nada de extraordinariamente diferente ou
mesmo um filme que vá buscar particular impacto, mas principalmente
na primeira hora e quando o filme e mais comedia do que drama tem
bons dialogos. No lado mais emotivo e quando tem que ir buscar o
climax emocional, penso que o filme poderia ter mais trunfos.
A realizaçao e a
tipica europei, calma, muito centrada no contexto paisagistico e nas
personagens, tem como mais valia a forma como filma a personagem de
Swinton que em face das poucas palavras que transmite a sua expressao
e o veiculo de comunicação e a realizaçao permite isso.
No cast duas das
melhores interpretaçoes do ano, Fiennes novamente num excelente
momento de forma, merece a atençao de um actor que sempre empregou
muita qualidade as suas interpretaçoes e que me parece nunca ter
sido reconhecido, aqui tem intensidade dramatica, valor comico, e
interetação fisica. Ao seu lado uma Swinton tambem com um papel
exigente prncipalmente porque lhe pede uma expressividade facial, que
ela consegue dar, devido aos seus infinitos recursos. Duas das
melhores interpretaçoes do ano, e que deixou a tarefa muito
complicada aos companheiros de ecra mais novos.
O melhor – Ralph
Fiennes e a beleza paisagistica
O pior – O filme
quando quer ser drama não conseguir diferenciar-se
Avaliação - C+
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