Todos os anos o cinema britanico aposta na altura dos oscares no lançamento nos EUA em diversos filmes apostando que um deles consiga entrar na temporada de premios. Este ano nenhum conseguiu estar em plena forma, sendo este aquele que principalmente na interpretação de Maggie Smith mais proximo teve desse feito, depois de avaliaçoes positivas e um resultado bastante consistente comercialmente, num terreno sempre dificil para filmes tradicionais ingleses.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é um interessante e creativo biopic, que demonstra que ainda existe capacidade para alguma diversidade e originalidade na abordagem a um filme que assume a tradição tipica britanica, no formalismo, na comedia e nos costumes das suas personagens. Por esse mesmo facto mesmo sendo um filme com ritmo lento, e com um caracter demasiado circular, e um filme original na forma como divide as personagens, e mais que isso um filme engraçado, bem interpretado e que consegue ter impacto emocional.
No lado negativo a contextualizaçao temporal, num filme que decorre ao longo de diversos anos nao existir diferenças significativas nas personagens e pior do que isso linhagem temporal faz com que o filme nao seja de imediato perceptivel na dimensao e significado do seu tempo, algo que ainda fornece mais impacto ao real resultado do filme, e que este esconde de uma forma que nos parece quase amadora na analise dos potenciais do filme.
Assim um filme interessante um biopic sobre uma personagem particular o que e fundamental para o filme resultar, uma abordagem tradicional mas ao mesmo tempo descontraida, humoristica, que permite que o filme seja observado quase sempre sem o impacto mais critico do que estamos a ver, mas mais importante um filme que potencia uma optima personagem e uma optima prestação da sua protagonista.
O filme fala sobre uma estranha mulher com pessimo feitio que reside numa carrinha numa zona de Londres, aos poucos começa a relacionar-se com um dos vizinhos de tal forma que instala a sua caravana dentro do terreno do mesmo.
O argumento tem algumas virtudes interessantes uma abordagem original, bem mais do que contar a historia que da ao filme alguma inovação, bons dialogos principalmente potenciados por uma muito bem caracterizada personagem central, e no guiao que o filme tem um dos seus vetores centrais.
Na realização Nicholas Hytner é um experiente realizador sempre na tradição britanica, aqui tem uma realizaçao tradicional sem grande arrojo mas que funciona para os propositos do filme, nao sendo a pessima definiçao temporal claramente um erro quase primário.
No cast o filme roda em torno dos seus dois interpretes mas onde Maggie Smith brilha em toda a linha com um papel que deveria receber mais atençao nos premios individuais, pese embora proximo do que ja fez noutros filmes e uma personagem dificil, coerente, exigente ao longo de todo o filme e que funciona, e nao existe assim tantos papeis femininos que funcionem desta forma.
O melhor - Maggie Smith e a forma como a sua personagem foi construida
O pior - A pessima definição temporal do filme
Avaliação - B-
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment