
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é um interessante e creativo biopic, que demonstra que ainda existe capacidade para alguma diversidade e originalidade na abordagem a um filme que assume a tradição tipica britanica, no formalismo, na comedia e nos costumes das suas personagens. Por esse mesmo facto mesmo sendo um filme com ritmo lento, e com um caracter demasiado circular, e um filme original na forma como divide as personagens, e mais que isso um filme engraçado, bem interpretado e que consegue ter impacto emocional.
No lado negativo a contextualizaçao temporal, num filme que decorre ao longo de diversos anos nao existir diferenças significativas nas personagens e pior do que isso linhagem temporal faz com que o filme nao seja de imediato perceptivel na dimensao e significado do seu tempo, algo que ainda fornece mais impacto ao real resultado do filme, e que este esconde de uma forma que nos parece quase amadora na analise dos potenciais do filme.
Assim um filme interessante um biopic sobre uma personagem particular o que e fundamental para o filme resultar, uma abordagem tradicional mas ao mesmo tempo descontraida, humoristica, que permite que o filme seja observado quase sempre sem o impacto mais critico do que estamos a ver, mas mais importante um filme que potencia uma optima personagem e uma optima prestação da sua protagonista.
O filme fala sobre uma estranha mulher com pessimo feitio que reside numa carrinha numa zona de Londres, aos poucos começa a relacionar-se com um dos vizinhos de tal forma que instala a sua caravana dentro do terreno do mesmo.
O argumento tem algumas virtudes interessantes uma abordagem original, bem mais do que contar a historia que da ao filme alguma inovação, bons dialogos principalmente potenciados por uma muito bem caracterizada personagem central, e no guiao que o filme tem um dos seus vetores centrais.
Na realização Nicholas Hytner é um experiente realizador sempre na tradição britanica, aqui tem uma realizaçao tradicional sem grande arrojo mas que funciona para os propositos do filme, nao sendo a pessima definiçao temporal claramente um erro quase primário.
No cast o filme roda em torno dos seus dois interpretes mas onde Maggie Smith brilha em toda a linha com um papel que deveria receber mais atençao nos premios individuais, pese embora proximo do que ja fez noutros filmes e uma personagem dificil, coerente, exigente ao longo de todo o filme e que funciona, e nao existe assim tantos papeis femininos que funcionem desta forma.
O melhor - Maggie Smith e a forma como a sua personagem foi construida
O pior - A pessima definição temporal do filme
Avaliação - B-
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