Saturday, March 19, 2016

The Brothers Grimsby

Sacha Baron Cohen e claramente um dos humoristas mais funcionais e mais polemicos da atualidade. A capacidade dele inventar personagens tem sido comum ao longo dos anos umas com maiores sucessos do que outras mas sempre com muita polemica e uma publicidade ao mesmo nivel. Este ano dedicou-se aos filmes de espiões com uma dupla improvavel com Mark Strong. Talvez por não ser um filme de uma personagem o filme tornou-se num rotundo falhanço de bilheteira o que podera fazer o autor a repensar a sua forma de humor. Criticamente ele tem conseguido sempre não entrar na derrota total pese embora tambem seja um terreno onde evidentemente já foi mais feliz.
Sobre o filme podemos dizer que o exagero e todo o lado incorreto que so Sacha consegue ser esta em todo o filme, temos o exagero e mesmo todo o nojo sexual que já nos habituou talvez levado a um extremo nunca antes visto, temos mais umas personagens a serem totalmente satirizadas, e um filme com a tipica pouca historia quase como um contexto para o comediante fazer as suas piadas. E aqui reside o principal problema do filme o seu lado macabro e o seu humor de mau gosto perdem muitas vezes espaço para a acçao e o filme por vezes pensa-se que é demasiado desligado a piada da acçao.
Por outro lado penso que todos que gostam da forma de fazer humor do comediante vao sair satisfeitos do filme porque o estilo e o mesmo e mais que isso na forma sexualizada vai mesmo mais longe do que alguns dos anteriores e mesmo esses já tinham ido bem longe. Cada vez mais explicito o filme acaba por deixar muitas vezes de ser engraçado para ser obsceno, e isso na piada nem sempre funciona.
Mas e de sublinhar a coragem de um actor que subprime todos os limites da decencia tendo um unico objetivo de ser polemico e nesse sentido o filme mais uma vez o é, não deixando de lado a critica politica na forma como satiriza e muito com Donald Trump. Pena e que o filme não seja muito mais do que Sacha.
A historia fala de dois irmaos que sao separados e tem vida completamente diferentes por um lado um agente do MI6 e por outro um trabalhador fabril pai de onze filhos que apenas quer futebol e cerveja que vao ter um reencontro que vai necessitar que cada um seja um pouco do outro.
Em termos de argumento todo o foco vai na capacidade do filme funcionar humoristicamente, para e neste particular e um filme ambicioso arriscado, para alguns o filme funciona para outros menos, penso que por vezes o filme deveria optar por um humor mais subtil e menos visual.
Na realizaçao Leterrier e um realizador que colecionava sucessos, tendo inclusivamente já conseguido dirigir blockbusters de valor assinalavel. Aqui tem um filme que é pouco interessante para o realizador porque o foco não esta em si, mesmo assim tem bons momentos como as sequencias in loco, pena e que claramente não seja um filme para alguem que se queira valorizar na realizaçao.
No cast o filme roda em torno daquilo de Baron Cohen sabe fazer satira, tornar-se num boneco que mais uma vez e pensado em tudo que possa ser mau gosto, polemico, ele encarna sempre bem este lado. Strong parece mais perdido pese embora o lado duro seja o seu objetivo falta quimica com o Cohen e isso acaba por não dar impacto ao filme, o resto sao presenças para dar nome ao filme.

O melhor – Baron Cohen tem a sua assinatura vincada no filme.

O pior – Nem sempre o seu gosto em termos de humor é o meu


Avaliação - C

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