Sacha Baron Cohen e
claramente um dos humoristas mais funcionais e mais polemicos da
atualidade. A capacidade dele inventar personagens tem sido comum ao
longo dos anos umas com maiores sucessos do que outras mas sempre com
muita polemica e uma publicidade ao mesmo nivel. Este ano dedicou-se
aos filmes de espiões com uma dupla improvavel com Mark Strong.
Talvez por não ser um filme de uma personagem o filme tornou-se num
rotundo falhanço de bilheteira o que podera fazer o autor a repensar
a sua forma de humor. Criticamente ele tem conseguido sempre não
entrar na derrota total pese embora tambem seja um terreno onde
evidentemente já foi mais feliz.
Sobre o filme podemos
dizer que o exagero e todo o lado incorreto que so Sacha consegue ser
esta em todo o filme, temos o exagero e mesmo todo o nojo sexual que
já nos habituou talvez levado a um extremo nunca antes visto, temos
mais umas personagens a serem totalmente satirizadas, e um filme com
a tipica pouca historia quase como um contexto para o comediante
fazer as suas piadas. E aqui reside o principal problema do filme o
seu lado macabro e o seu humor de mau gosto perdem muitas vezes
espaço para a acçao e o filme por vezes pensa-se que é demasiado
desligado a piada da acçao.
Por outro lado penso
que todos que gostam da forma de fazer humor do comediante vao sair
satisfeitos do filme porque o estilo e o mesmo e mais que isso na
forma sexualizada vai mesmo mais longe do que alguns dos anteriores e
mesmo esses já tinham ido bem longe. Cada vez mais explicito o filme
acaba por deixar muitas vezes de ser engraçado para ser obsceno, e
isso na piada nem sempre funciona.
Mas e de sublinhar a
coragem de um actor que subprime todos os limites da decencia tendo
um unico objetivo de ser polemico e nesse sentido o filme mais uma
vez o é, não deixando de lado a critica politica na forma como
satiriza e muito com Donald Trump. Pena e que o filme não seja muito
mais do que Sacha.
A historia fala de dois
irmaos que sao separados e tem vida completamente diferentes por um
lado um agente do MI6 e por outro um trabalhador fabril pai de onze
filhos que apenas quer futebol e cerveja que vao ter um reencontro
que vai necessitar que cada um seja um pouco do outro.
Em termos de argumento
todo o foco vai na capacidade do filme funcionar humoristicamente,
para e neste particular e um filme ambicioso arriscado, para alguns o
filme funciona para outros menos, penso que por vezes o filme deveria
optar por um humor mais subtil e menos visual.
Na realizaçao
Leterrier e um realizador que colecionava sucessos, tendo
inclusivamente já conseguido dirigir blockbusters de valor
assinalavel. Aqui tem um filme que é pouco interessante para o
realizador porque o foco não esta em si, mesmo assim tem bons
momentos como as sequencias in loco, pena e que claramente não seja
um filme para alguem que se queira valorizar na realizaçao.
No cast o filme roda em
torno daquilo de Baron Cohen sabe fazer satira, tornar-se num boneco
que mais uma vez e pensado em tudo que possa ser mau gosto, polemico,
ele encarna sempre bem este lado. Strong parece mais perdido pese
embora o lado duro seja o seu objetivo falta quimica com o Cohen e
isso acaba por não dar impacto ao filme, o resto sao presenças para
dar nome ao filme.
O melhor – Baron
Cohen tem a sua assinatura vincada no filme.
O pior – Nem sempre o
seu gosto em termos de humor é o meu
Avaliação - C
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