Thursday, March 10, 2016

Jane got a gun

Se existisse um prémio para a rodagem mais díficil do ano certamente que este western estaria certamente entre os mais premiados. Não é facil um filme ao longo da sua produçao perder os dois protagonistas masculinos, um realizador e ver a sua data de estreia adiada. Com tantos obstáculos e obvio que o filme teria pouca expetativa estreando apenas em cinemas selecionados nos EUA que ate tiveram bom resultado tendo em conta a parca distribuição, criticamente a mediania de um filme sem grandes repercussão.
Com tantas dificuldades de produçao confesso que sempre esperei um filme diferente, um filme mais original uma abordagem diferente sobre a forma de fazer western. pelo que o resultado, ou seja um simples, objetivo e direto western me levante muitas duvidas onde é que poderiam existir as divergencias creativas num filme tipico de vingança e sobrevivencia num deserto americano, sem grandes dialogos ou mesmo profundidade narrativa, quase o standart do western. Pois bem confesso que desconheço os motivos de tanto alarido para um filme tão simples.
É certo que me parece que o filme tem demasiada mão de obra para personagens tão limitadas, tirando a protagonista pouco ou nada existe de relevante nos três outros personagens masculinos, parece obviamente um filme pensado em ser um western no feminino mas parece pouco ambicioso na sua construção, e mesmo na forma como quase nunca consegue dar impacto emocional as suas sequencias centrais, parecendo sim, talvez por todo o ruido à volta um filme desgastado por si só.
Mas num western existe questoes fundamentais que tem de estar presente como vingança e honra e nisto o filme tem estes ingredientes embora mais ligeiros que em muitos outros filmes bem mais funcionais o certo é que estes pontos estão presentes e são o epicentro do filme. Podemos tambem dizer que em termos produtivos e tendo em conta o cast o filme poderia e deveria ser mais arrojado mais original e tecnicamente mais impressionante.
A historia fala de uma mulher que ve o seu marido e a sua casa ameaçada por um grupo de bandidos tendo que pedir apoio ao seu ex namorado que abandonou depois de pensar que este tinha falecido na guerra.
O argumento e muito simples um western com os ingredientes de base, nao muito potenciado ou trabalhado. Parece que as personagens nao são potenciadas e os dialogos limitados ao apelo emocional, não sendo claramente um fator diferenciador do filme.
O'Connor ficou com um trabalho bastante complicado depois de apanhar um comboio que nao era seu, de um realizador que vinha de um filme vencedor, bastante apreciado pelo publico em geral que tem aqui um menor potencial na sua carreira que se desculpa pela forma como foi chamado ao filme. Remediar nunca pode ser criar.
No cast temos um filme riquissimo embora com menos força do que o cast original pelo menos em mediatismo, o filme roda em torno de Portman que me parece neste filme em baixa de forma. As sequencias de intensidade dramatica parecem algo forçadas e o carisma nem sempre sta presente numa personagem que necessitava disto. Parece a momentos que a actriz nao consegue compreender a personagem e o filme perde força com isso. Nos secundarios Edgerton e o melhor do filme, intenso, dramaticamente eficaz esta num optimo momento de forma, e o filme tem na sua presença os picos. Mas o pior de tudo vai para a esteriotipada criaçao de Mcgregor de um vilão frouxo que o actor o interprete de uma forma ainda mais frouxa, num erro total de cast, nao pela falta de qualidade do actor mas antes pela sua forma muito particular de nao ter entendido que esta personagem tinha que ser constrangedor para outros.

O melhor - Edgerton

O pior - McGregor

Avaliação - C

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