Entre muitos
acontecimentos que todos os anos preenchem o Festival de Cannes o ano
passado marcou a apresentação da estreia de Ryan Gosling como
realizador. Desde logo as primeiras avaliações não foram muito
positivas e a expectativa desceu, dai que so um ano depois o filme ve
a luz do diz nos EUA e silenciosamente ancorado por avaliaçoes medio
negativas, que marcaram um arranque em falso nesta sua vertente.
Lost River é um filme
muito dificil de um actor que tem nos seus filmes de referencia um
estilo muito semelhante ou não fosse ele um disciplo de Nicholas
Wedding Refn. Em termos de realização sao obvias as aproximaçoes,
pena é que o argumento seja um emaranhado tão complicado de coisas
tão simples que o tornam um objecto muito dificil de digerir e
impossivel de aperciar.
É indiscutivel que
Gosling arrisca no filme, mas nunca consegue encontrar um tom, que
alias e visivel na forma como filma, parece uma colagem de varios
estilos de realização, o que torna o filme algo perdido, e quando a
tudo isto se junta uma historia simples, e pouco complexa, ele tenta
esticar para algo que ela nunca é, resumindo-se num Freak Show de
lados comuns.
Assim concordamos com
as analises que ficaram em choque com tamanha decepçao neste filme,
pouco ou quase nada nos salta a vista, a não ser uma ou outra cena
que vale mais pela cor do que propriamento por mais alguma coisa. E
facil considerar este filme um despredicio de talento principalmente
na passagem do actor para tras das camaras.
A historia fala de uma
mae, que se mantem num bairro inexistente e que para cobrir as
despesas começa a trabalhar num estranho clube enquanto o seu filho
tenta descobrir os segredos da sua cidade.
O argumento e
resumidamente uma short story que no filme e alongada com silencios e
com cenas de desvaneio de personagens tambem elas simples. Esse tipo
de procedimento não fornece nada de substrato ao filme, e o
argumento não ganha mais do que o basico que e.
Na realizaçao gosling
podera ter alguns atributos e no filme ate os demonstra, algumas boas
ideias, mas passar por registos diferentes ao longo de todo o filme,
torna-o um puzzle sem consistencia e sem elo de ligaçao que e um
erro. Tambem aqui não nos parece que tenha sido feliz.
No cast poucos nomes
conhecimentos e um filme que nunca pede que estes sejam protagonistas
pois perde-se noutros promenores de alguem que mesmo atras das
camaras busca sempre ser o mais falado.
O melhor – Alguns
apontamentos muito isolados de cor.
O pior – A mixordia
de imagens num argumento complexo que deveria ser simples.
Avaliação - D
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