O cinema europeu,
principalmente pelos seus mais recentes criadores tem se aproximado
em niveis de execução do cinema mais independente norte americano.
Dai que já temos obras globais com actores de diversas origens e
realizadores de outras sempre falada na lingua mais facil ou seja o
ingles. Clouds os Sils Maria é um filme frances que chegou a estar
em boa forma dos Cesares, impulsionado por uma boa avaliação
critica, contudo longe de grandes resultados comerciais, um terreno
onde o filme não teve grandes objectivos.
Clouds os Sils Maria e
um filme interessante em quase todos os seus momentos, mesmo que
muitas vezes perca o ritmo e um filme que tem na relaçao central o
seu coraçao, e a racionalidade no conflito de idade da personagem
central. E toda esta dinamica e bem efectuada, num filme que entra
dentro do mundo do cinema sem receio, e com imaginaçao, mesmo que na
sintese seja apenas um filme sobre uma simples personagem.
Tudo poderia resultar
num bom filme, em quase todas suas dinamicas ate que o final
mostra-se totalmente abrupto, onde personagens desaparecem quando
poderiam ter um maior sentido, alias este ainda e o maior problema do
cinema europeu a dinamica de contraposiçao ao happy ending tornou-se
num fim inexistente que por vezes torna uma mensagem que se quer
forte o ser demasiado subtil.
Mesmo assim e não
sendo uma obra prima pela surpresa e creatividade que os melhores
filmes europeus conseguem ser tem bons apontamentos, ricos dialogos,
principalmente na forma como as discussoes em forma de ensaio entre
as duas protagonistas são tao relevantes para o que se passa
realmente no filme, e isso e um filme dentro de outro.
A historia fala de uma
actriz veterna europeia, que muito tempo depois aceita fazer
novamente a peça que foi o inicio da sua carreira mas com uma
personagem diferente, a mais velha, aqui começa a perceber que o seu
lugar começa a ser substituido e a idade e uma realidade entrando em
conflito consigo propria.
O argumento e
interessante, simples mas directo ao ponto, sem medo de assumir os
dialogos com uma simplicidade que e o que realmente é, sendo muito
proximo da linguagem comum do dia a dia o que nem sempre vimos em
cinema europeu. E um daqueles filmes em que com um final mais forte
poderia ter um valor bem diferente.
A realizaçao e
silenciosa tirando o maximo proveito de algumas paisagens não e uma
realizaçao arriscada e isso torna-a um pouco segundo plano, mesmo
que a determinados momentos percebemos que ela e bem vincada. A
divisao em cenas e que e totalmente descabida.
O cast tem boas
interpretações Binoche e uma actriz de primeira linha, das melhores
que europa criou e que continua ao longo dos anos, aqui tem a
intensidade e multifacetas que tantas vezes mostrou, não e o seu
melhor papel, mas um papel que embeleza o seu curriculo. Quem parece
tambem estar numa definiçao interessante de carreira é Stewart
depois de passar do lado comercial para filmes mais de personagens,
consegue dar mais intensidade e mais facetas de uma actriz ate entao
unidimensional e mesmo aqui limitada. Moretz e apenas uma apariçao
fugaz.
O melhor – A forma
como nos da uma crise da meia idade.
O Pior – A conclusao
Avaliação - B-
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