A doença mental, seja
ela qual for foi sempre um campo de interesse para o cinema, ao longo
do tempo diversos foram os filmes que abordaram diferentes tipos de
patologia. Este filme mais que um filme sobre patologias debruçou-se
sobre a interação entre as mesmas numa especie de road movie. Pese
embora as boas inteções e ter estreado em diversos festivais a
maioria da critica não foi simpatica com o filme, com avaliaçoes
essencialmente negativas, o que comercialmente retirou precocemente
este filme da corrida por qualquer tipo de premios e estreia
silenciosamente no decurso de 2015.
Sobre o filme podemos
desde logo dizer que abordar este tipo de filme sobre comedia e
perigoso pois rapidamente se cai num exagero que pouco define a
doença em si, e the road within desde cedo tem este problema bem
vincado principalmente nas duas personagens centrais com particular
destaque na forma selecionada com que escolhe os momentos para a
manifestação de La tourrete o que torna o filme pouco real.
Mas mesmo assim temos
um filme com bom coraçao, com uma mensagem de esperança para
qualquer uma das patologias e isso e de louvar, na forma como tenta
demonstrar que existe vida e humanidade para alem das condicionantes
da patoogia e nesse particular o filme e forte, menos forte e menos
trabalhado contudo na forma como não aborda a questao da dificuldade
natural do prestador de cuidados.
Assim um filme com
algumas virtudes mas alguns pontos fracos, uma ideia corajosa mas que
adopta algum facilitismo para conveniencia de um filme que nunca nos
parece querer ser profundo ou se debruçar com seriedade, mas sim uma
forma de ligeirar os problemas que já de si relata.
A historia fala de tres
jovens com patologias diferentes concretamente Tourrete, Obsessivo
Compusivo e anorexia que fogem de uma clinica e tentam iniciar uma
road trip que os torne independentes entre si,
O argumento tem uma
premissa interessante contudo dificil, fazer um filme destes resultar
sem opções que coloquem em causa o realismo do filme era dificil e
o filme não consegue, prefere pelo lado positivo dar uma mensagem
positiva mas perde em termos de definição da doença, opção
plausivel mas que tira força ao filme em si.
Na realização uma
estreia de Wells depois de já ter demonstrado alguns dotes na
escrita em filmes menores, a realizaçao e simples, sem grandes
riscos seguindo a tradição dos road movies e pouco mais, nos filmes
independentes tenta-se acima de tudo uma grande historia e nem sempre
uma realização apelativa.
E no cast que o filme
tinha o maior desafio principalmente no que diz respeito aos tres
protagonistas, de todos o destaque vai para Dev Patel, que tem um
papel intenso e preenche o ecra quando entra, mesmo que a priori o
maior destaque e dificuldade estivesse em Robert Shehaan parece
obviamente que o primeiro e mais rigoroso na forma como cria a sua
personagem, mais explusivo e mais real. Zoe Kravitz tem o lado mais
facil do triangulo, mas alguem tinha que ser o equilibrio
O melhor – A mensagem
positiva da vida para alem da patologia
O pior – É uma
realidade criada e não existente
Avaliação - C+
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