Normalmente os filmes
de estreia de argumentistas na realização são obras inferiores ao
que demonstraram literalmente. Pois bem em 2015, Alex Garland um fiel
colaborador do lado mais Sci Fi de Danny Boyle tem a sua estreia na
realizaçao com este filme sobre inteligencia artificial. O resultado
critico foi positivo para o filme, com algumas das melhores
avaliações deste ano, comercialmente mesmo não sendo um filme para
muita gente, as coisas parecem ir no bom caminho com o facto do filme
ter conseguido lançamento wide nos EUA.
Sobre o filme, AI foi
um bom arranque para o que muitos pensavam ser um campo util para o
cinema em termos de historia como o desenvolvimento das maquinas.
Pois bem foi preciso esperar muitos anos para encontrarmos um filme
tão, ou mesmo mais competente do que este sobre esta mesma tematica,
e esse filme e Ex Machina. Tudo funciona no filme, que é exigente
consigo, ao limitar tudo a um espaço, a quatro personagens e pouco
mais. O resultado e brilhante em quase todos os niveis, na atualidade
do tema, na forma como consegue integrar aspetos do nosso dia na
explicaçao para tudo, em termos de dialogos brilhantes, e acima de
tudo na componente moral.
E é um filme arriscado
principalmente porque não tem medo de entrar no detalhe de
explicaçoes inexistentes, porque não tem receio de pausar o filme
quando assim tem de ser, e não querer que seja um ritmo acelerado, e
na forma como é simplista ao maximo no detalhe de realização que
torna tudo tão artistico.
Talvez por isso, é sem
duvida um dos acontecimentos cinematograficos do ano, uma evidencia
de que se pode fazer filmes narrativamente quase perfeitos sem
descuidar de outros aspectos, de que muitas vezes os efeitos
especiais não sao necessarios para um bom filme Sci Fi. E que os
filmes podem ser não so exercicio de grande creatividade mas como de
grande coerencia intelectual. E obvio que o filme tem defeitos, o
maior dos quais, a forma facil como o protagonista se apaga, mas
esses sao totalmente ultrapassados por todo o valor que cada
componente consegue ter.
A historia fala de um
jovem e solitario programador que ganha uma viagem para passar uma
semana, com o dono da sua empresa, retirado num espaço proprio, onde
tentar criar um robot com inteligencia artificial. Toda a semana vai
ser um teste para perceber se a mesma foi descoberta.
O argumento e coeso,
original, forte na forma na concretizaçao e ainda no detalhe, tem
boas personagens, podendo ter dado mais enfase à personagem central,
mas cada dialogos e uma forma clara de sublinhar como deve ser um
guiao do filme, tem valor moral, e mais que isso não necessita de
twist para resultar.
E obvio que Garland não
e tao fantastico na realizaçao como e no argumento, mas neste campo
não deixa de ter a sua marca, principalmente pelo facto de dar
sentido ao ritmo lento, e a simplicidade de cada detalhe minimalista
dao um toque pessoal a um filme muito proprio.
No cast o filme
funciona principalmente nas escolhas de Isaac talvez a sua melhor
interpretação, carismatico, misterioso, intenso, e desde já na
minha opiniao um serio candidato as nomeaçoes para actor secundario,
pena e a precocidade do filme. Do lado dos destaques a presença e
força de Alicia Vikander que promete ser uma das surpresas do ano, e
nada melhor que um filme e uma interpretação como esta para esse
arranque, que comprova estarmos com um caso de mulher bonita e
talentosa. Mais apagado fruto do papel Gleeson.
O melhor – A forma
como a historia e rica em todos os sentidos.
O pior – Protagonista
poderia ter mais carisma, ou ser mais dual
Avaliação - B+
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