Kevin Hart tornou-se
nos ultimos dois anos talvez a maior figura do cinema de comedia afro
americana ocupando um lugar que durante muitos anos foi de Eddie
Murphy. O seu estilo é parecido e os argumentos mais atuais, estando
a aproveitar esse feito para colecionar sucessos comerciais como foi
o caso deste filme de inicio de ano. Criticamente é que as coisas se
tornam mais dificeis para o actor que ainda lhe falta um filme que
conquiste os dois planos e tambem não foi este.
Os filmes sobre
casamentos dentro da tradição americana do matrimonio, normalmente
são boa materia para boas comedias, alias uma das melhores dos
ultimos anos foi Wedding Singer de Adam Sandler e pena e que o actor
não tenha conseguido manter o nivel que ai demonstrou. Neste caso
temos um filme claramente menor, mas temos talvez o filme de comedia
mais completo de Hart, e muito por culpa do facto deste não se
centrar apenas em si mas num conjunto de personagens e situaçoes que
acabam por funcionar principalmente no registo comico.
A este ponto junta-se
uma moral interessante do que realmente pode ser um trajeto de vida
sem amigos ou sem pessoas significantes fruto das mudanças que as
pessoas tem que fazer ao longo da vida, e em termos moratorios não
sendo uma mensagem muito forte ou muito vincada ela existe e numa
comedia nem sempre politicamente correta temos de vincar.
Mesmo assim estamos
perante um filme pequeno muito no estilo Kevin Hart, quer no humor
quer no ritmo, quer nas personagens, temos diferentes abordagens de
humor, nem sempre bem conseguidas e o final tipico de filme de
domingo a tarde que e sem duvida a essencia clara do filme, uma
comedia adolescente porque torna-se demasiado incorreta para ser
familiar que funciona no seu minimo exigido ou seja no humor.
A historia fala de um
noivo que na falta de amigos para serem seus padrinhos de casamento
contrata um profissional, contudo este vai ter de arranjar uma equipa
inteira para o casamento, e antes disso começam a entruzar-se em
pequenos eventos de antecipaçao.
O argumento não é
orignal, e previsivel, o que não o faz um filme unico ou sequer
marcante, mas ao contrario de grande parte das comedias dos ultimos
anos, consegue ter o elemento essencial que é o humor, explora
algumas vertentes diversificadas mas faz rir, e esse facto esta
presente em diversas personagens e isso e de valorizar.
Na realizaçao pouco
destaque um habitue em comedias romanticas aqui deixa a segunda
parte, o filme e filmado num estilo simples, sem grandes rodeios, ou
grandes truques de camara, de um tarefeiro lugar comum na comedia
hollywoodesca.
No cast temos um filme
dominado por dois actores que se sentem muito confortaveis na
comedia, desde logo Hart, com personagens muito iguais mas que tem
vendido e isso e essencial, e no seu estilo hiperativo funciona pelo
menos enquanto que não estiver gasto, e Josh Gad vai ganhando espaço
ocupando um lugar muito proximo daquele que no passado ocuparam Seth
Rogan e Jonah Hill de gordo engraçado e em ambos os casos a comedia
foi so um arranque a ver vamos o futuro.
O melhor – A comedia
funcionar
O pior – Ser um filme
de domingo a tarde assumido ou seja alcance reduzido
Avaliação - C+
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