Thursday, January 24, 2008

Once




Um Musical independente e um genero que quase nunca se viu, efectuado de essencia com todo o espirito indie presente, dai que sem duvida que este Once se tornou rapidamente num acontecimento cinematografico do ano. Nao do porque se tornou numa das obras de referencia critica do ano, onde conseguiu ser referido pelos diferentes "majors" como a obra do ano, mesmo que se trate de um filme irlandes, do mais independente possivel, e sem qualquer tipo de reprecursão comercial, o certo e que esta valorização o tornou tão forte que o vemos com uma nomeaçao para oscar precisamente naquilo em que e mais forte a musica.

E impossivel dissociar todo este filme da musica que o compoem, alias a grande vantagem do filme e ser tao musical que faz o espectador se esquecer da trama que o envolve, a narrativa sao as proprias musicas e os sentimentos que estas transmitem, a musica e a esssencia de todo filme o objecto conciliador de cada fragmento do filme, e neste ponto o filme e fascinante e de uma beleza impressionante principalmente na forma como a musica faz interagir os personagens centrais.

Contudo enquanto filme, este vai desaparecendo ao longo que a musica vai tomando o ascendente, que faz com que o espectador possa fechar os olhos e tudo fica na maior parte do tempo com o mesmo significado, o que poe em causa a noçao do cinema e a força das imagens, na maior parte das vezes estas so servem para ilustrar a interpretaçao do protagonista e isto e limitado para um filme. A historia e quase monossilabica, duas pessoas em regressao amorosa encontram como elo de ligação a musica como expressao de sentimentos, um apoio o outro na busca da maior interpretação da mesma, alias o argumento do filme todo esta escrito nas linhas acima, sendo adornado com temas de uma intensidade sentimental muito forte, mas que como objecto cinematografico tem algumas debilidades, dai que acho normal ser considerado uma obra bonita e intensa, mas nao uma obra de arte cinematografica

O argumento do filme, centra-se na força das letras das musicas, e parece concentrar toda a sua força nas mesmas acabando estas por disfarçar todas as fraquezas narrativas totalmente irrelevantes para o filme, bem como a dimensionalidade das personagens raramente potenciada.

A realização se por um lado dá o amadorismo que o filme quer transmitir potenciando todo o ambiente indie que esta subjacente a todo o filme, por outro lado os tremores de camera tornam-se algo irritantes num cinema independente ja dotado de competencias para anular estas imprefeiçoes.

O cast, mais que actores estamos a potenciar duas belissimas vozes e com uma capacidade de interpretar as musicas com uma força contagiante, principalmente no protagonista masculino. Podem ser desconhecidos como actores, mas mais que as suas faces as suas vozes ficam no imaginario de quem ve o filme.


O melhor - A força das canções.


O Pior - E uma obra de arte, mas como filme e limitado


Avaliação - B-

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