Thursday, January 31, 2008

Lust Caution




Ang Lee surpreendeu muita gente depois de vencer o Oscar em Brockback Mountain, ter decidido voltar ao cinema tipicamente oriental, baseado nos costumes mais tradicionais de Tawian, Ang Lee, filme um filme totalmente de autor, sem os processos industriais que muitas vezes limitam as ideias originais. Desta vez Ang Lee assume todo o risco do filme, e apesar de na maior parte das vezes o filme ter conseguido um mediatismo consideravel, mais pelo explicito da sexualidade do que propriamente pela qualidade do filme, o certo e que o filme teve longe do reconhecimento que Ang Lee ja encontrou e mesmo em bilheteira, Ang Lee ja sabia que um filme totalmente rodado em mandarim teria dificuldade em se assumir.

Ang Lee tem um filme grandioso para a dimensao do cinema que tenta representar, mas ao mesmo tempo acaba por ter um exercicio de arrogancia, assumindo um filme pesado, com uma sexualidade gratuita e exagerada, chegando mesmo a contrapor a desacelaração e o intimismo de toda a vertente do filme, com momentos quase impulsivos de cenas de sexo, ao qual o espectador nao passa indiferente.

Alias o grande problema do filme e a falta de coraçao de sentimentalismo, dividindo sempre entre o ideologico e o carnal, tambem a limitaçao temporal do filme, nao nos parece a melhor, o que parece a luz de um autor com a dimensao de ang lee, um filme com pouca reprecurssoes para quem acaba de ganhar o oscar.

O filme tem como sua maior virtude a contextualizaçao da epoca onde se traduz, Ang Lee faz isto como poucos, acrescentando todas as movimentaçoes e diferenças na forma como acaba por contextualizar os diferentes grupos de personagens, e depois na forma como caracteriza a cultura oriental, estes sao os pontos num filme na maior parte das vezes solto, sem que o seu desenvolvimento narrativo seja suficiente para criar uma obra por excelencia.

O argumento e bem articulado na sua essencia e na sua linha de montagem, intensidade na relaçao das personagens na forma como estas bom interagindo, mas fragmentado na sua construçao, solto por capitulos, parece-nos que as opçoes pela definiçao temporal da trama nem sempre sao bem sucedidas, fazendo o filme por vezes demasiado desligado.

A realização de Lee, tem sempre virtudes de primeira linha, a forma desenfriada e intensa com que filma as personagens, e a forma suave com que contextualiza a interaçao, tudo num terreno oriental que ele conhece como poucos e consegue tirar dai as suas maiores potencialidades, mesmo assim longe do brilhantismo que atingiu com Brockback mountain.

O cast plenamente oriental, necessitou de uma entrega fisica total dos seus proganistas, que acabam por entrar perfeitamente no ambiente de todo filme embora sem nunca ser exigente do ponto de vista de interpretaçao para nenhum deles, dai que nao haja nenhuma interpretaçao de valor significativo neste filme.


o melhor - A contextualizaçao cultural


o pior - A gratuitidade das sequencias sexuais... quase pornografia.


Avaliação - C

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