Monday, January 21, 2008

There Will Be Blood




Se olharmos para as recentes movimentações em torno dos galardões desde logo abram alas porque provavelmente estaremos a falar do mais forte candidato aos oscares deste ano, um filme que é aguardado com muita expectativa por diversos motivos, o regresso de um jovem realizador cujos primeiros filmes se tornam cultos da 7 arte, e trazendo consigo o sempre fantastico e desaparecido DayLewis, num filme sobre o crescimento do petroleo com a marca de autor de PTA. Desde muito cedo as criticas ao filme foram brilhantes, e a unanimidade rodeou todo o filme, mesmo que a nivel comercial a distribuição dificulta-se um pouco a sua expansão parece-nos que isso de forma alguma poderá por em causa a mais que certa nomeaçao do filme para os principais oscares da academia faltando apenas saber se os conseguira conquistar.

There Will Be Blood, pode nao ser o melhor filme do ano, e para mim não é (prefiro quer Juno quer No Country for Old Man), mas e sem duvida o filme mais bem feito do ano, e acima de tudo o maior filme do ano, que vi ate ao momento. E daqueles filmes em que tudo e bem feito, desde um argumento capaz de caracterizar e incidir sobre as principais caracteristicas humanas e provocar a reflexão sobre elas, evoluindo com a historia das construções petroliferas, e a expansão das igrejas menores. Tudo isto num filme essencialmente de personagens, onde estas são construidas como motores de arranque de toda uma narrativa, ao mesmo tempo forte em termos de historia, mas com o ritmo pausado que permite reflectir sobre ele. O filme atinge uma maturidade impressionante, contudo, e aqui o grande calcanhar de aquiles no filme, so no fim e que nos deparamos com um conflito, com o emarenhamento das personagens, que por tão fortes mereciam mais confrontos de palavras, que por vezes nao passa de um confronte de olhares.

O filme conta-nos a historia da expansão de uma industria de petroleo para uma pequena vila, tendo em conta a ambiçao de diferentes peronagens em constante mutação de poder, acima de tudo e um filme sobre poder, e por vezes de ambição.

O argumento e extremamente coeso e bem articulado, consegue reunir nao so uma linha narrativa de primeira ordem, reunindo intimismo e academismo, com um naipe de personagens de primeira linha sublimemente construidos de forma a fortalecer uma obra ja de si fascinante.

A realização de Andersson, oscila entre o silencioso, o escondido, com o centro de batalha, consoante os requesitos das cenas, chega mesmo a um realismo À Spilberg em Soldado Ryan, em determinados momentos, o realismo das sequencias mais dificeis e assustador, tendo quem sabe aqui o seu grande filme como realizador, embora como obra final seja mais aperciador de Magnolia.

O cast, quando um elenco tem Day Lewis, existe pouco espaço para brilhar, e se dissermos que este se encontra ao seu nivel habitual, isto e quase certo sinonimo de brilhantismo e quem sabe de Oscar. Contudo a surpresa vai para Dano, que ja nos tinha fascinado na esquecida prestação em Litle Miss Sunshine onde na minha opiniao tinha o melhor papel do filme, surpreende neste filme ainda mais, combatendo lado a lado com o meste Lewis, chegando por vezes a roubar algumas cenas, parece em determinados momentos cair em Overacting, contudo este acaba por se integrar bem na forma como a personagem e esquecida. Indiscutivelmente o papel secundario mais forte do ano seguido ao brilhante Bardem, esperando que a academia nao se esqueça dele este ano.


O melhor - A realização brilhante de Thomas Andersson.


O Pior - O filme e diversas vezes mais sentido do que vivido.


Avaliação - B+

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