Millie Bobby Brown tornou-se com o sucesso global de Stranger Things uma das maiores figuras da Netflix a qual tem apostado na sua imagem para diversos filmes, onde a jovem atriz figura como protagonista central. Este ano com a inspiração de sagas mitologicas aqui surgiu um filme de ação apostada a reinar comercialmente na primavera. Criticamente a Netflix continua com muita dificuldade em fazer imperar a sua qualidade, mas comercialmente tudo vai no sentido de um sucesso global facil por parte do filme.
Damsel é um filme com dois segmentos distintos e com resultados também eles distintos, a primeira parte introdutoria a um ritmo muito lento, que conduz para o epicentro do filme. Fica a ideia que nesta fase inicial o filme denuncia em demasia o que vem de seguida, e isso acaba por junto do ritmo lento não cativar de uma forma clara o espetador. Na segunda parte o filme perde o argumento e acaba por ser o jogo do gato e do rato entre a personagem central e o dragão com muito CGI à mistura num filme graficamente interessante.
Perante tais partes fica a ideia que mesmo em termos de entertenimento já vimos muito mais e melhor em diversos filmes. O filme brilha apenas pela sua componente estetica ja que narrativamente torna-se extremamente previsivel do primeiro ao ultimo minuto. Existe momento em que os filmes exigem algo mais em termos qualitativos que este filme não consegue ter, e quando assim é fica a sensação de historia repetida, evoluçao tecnologica mas nada mais.
Ou seja um filme para ocupar espaço e potenciar a imagem da jovem atriz como heroina de açao, algo que inclusivamente já advem da serie, e que a Netflix tem como aposta pessoal. Nao e um filme que ficara registado pela sua diferenciaçao, pese embora tenha conseguido um elenco de boa qualidade, mas no final a sensação que fica é pouco, e que rapidamente um filme como este cai no esquecimento global.
A historia segue uma jovem princesa de uma terra falida, que fica prometida a um sedutor príncipe, mas que tudo muda quando no dia do casamento acaba por ser remetida para umas catacumbas onde reside um dragão com vontade de matar todos os que ali caem.
No que diz respeito ao argumento, é uma historia simples, denunciada, previsível, e pouco trabalhada de forma diferenciada em dois blocos que nunca conseguem eles próprios serem diferenciados. Fica a ideia que o deserto de conversa na segunda parte, e algumas lacunas de logica não beneficiam o titulo.
Na realização o projeto é assinado por Fresnadillo um realizador espanhol que tinha como maior projeto a sequela de 28 Days Later, mas que ainda não e uma figura de referencia no cinema internacional. O filme joga bem com o lado estético, com força no que diz respeito as apostas digitais, mas sem grande assinatura, e isso faz do filme mais uma tarefa do que uma obra de referencia.
No cast Bobby Brown é uma atriz a ganhar dimensão no que diz respeito ao seu estatuto como heroina de ação, que aqui trabalha mais esse ponto do que propriamente a qualidade dramatica que é pouco colocada a prova neste filme. Ao seu lado um conjunto de atores e atrizes conhecidos mas que o filme nada exige para além da sua presença.
O melhor - O lado digital estetico do filme.
O pior - A previsibilidade total de todas as escolhas do filme.
Avaliação - C-
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