Stephen Frears é um contador de historias principalmente aquelas curiosas que marcam a Inglaterra pese embora por vezes se aventure em historias mais universais. Este ano e sempre com o tradicionalismo tipico dos seus filmes BBC dedicou-se a retratar no ecra a relação ambigua entre a Rainha Vitoria e um criado indio que pos em polvorosa a corte inglesa. Os resultados criticos do filme nao foram brilhantes, algo que não é comum ja que habitualmente Frears é certinho neste parametro. Em termos comerciais um terreno menos prodigo para o realizador as coisas correram melhor com resultados consistentes tendo em conta o produto quer em terreno domestico quer ao longo do mundo.
Sobre o filme Frears é um tradicionalista ingles, quer na forma como filma, tendo cuidado com todo o detalhe da contextualizaçao temporal, mas também no ligeiro humor que empresta aos seus filmes, o que acaba por neste caso lhe dar uma toada demasiado ligeira, tendo em conta o contexto de intriga politica que no final retrata. Ou seja embora me pareça que o filme consegue ser detalhado e potenciar uma boa quimica entre os presonagens, mas por outro lado parece ter dificuldade em se levar a serio, e isso pode ter tirado alguma profundidade ao filme principalmente no exagero da caracterizaçao de algumas personagens.
Mesmo assim não deixa de estar presente todo o metodo da BBC na forma como planeia e bem o detalhe e a caracterizaçao historica, e em que cada cena é uma plena montagem de uma epoca querida para os britanicos. Contudo e pena que este detalhe e força produtiva resulta num filme algo ligeiro, que em alguns momentos parece uma comedia simplista, quando na verdade temos um filme que conta um episodio triste, racista e xenofebo na casa real inglesa.
Talvez por esta toada ligeira, ao contrario de outros filmes de Frears este filme não tivesse conquistado a critica e por conseguinte esteja antes da corrida fora dos principais premios. Parece contudo que na forma como o filme foi planeado talvez com uma ou outra excepção, este nunca tenha sido o real objetivo de Frears.
A historia fala dos ultimos momentos do reinado da Rainha Vitoria e do relacionamento que esta criou com um servente indiano que se tornou no seu mais proximo confidente contra tudo e contra todos na corte inglesa.
O argumento tem a audácia de contar um dos episodios mais naturais mas ao mesmo tempo mais negros do tratamento entre pessoas da coroa britanica. Na forma como o filme é concretizado parece-me que o mesmo é demasiado suave, demasiado suave, mesmo com algum do rigor britanico principalmente na produçao.
Falar na realiza britanica e em Stephen Frears e claramente associar alguem que melhor consegue contextualizar este facto, como ja provou entre outros filmes em The Queen. Numa boa fase da sua carreira principalmente pela cadência de filmes e um realizador conceituado e que tem sempre a sua assinatura bem vincada pelo tradicionalismo.
No cast e incrivel como aos 82 anos Judi Dench ainda consegue dar-nos papeis deste calibre, de entrega interpretativa de primeira linha. POdemos mesmo dizer que o filme é acima de tudo um espetaculo de uma actriz de primeira linha, na fase final de carreira e que colocou a interpretação ao mais alto nivel.
O melhor - A simplicidade relacional entre pessoas de estratos diferentes
O pior - Para o que significa o filme deveria se ter levado mais a serio
Avaliação - B-
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