Tuesday, November 07, 2017

The Only Boy Living in New York

Depois da passagem sem grande sucesso pelo franchising de SPider Man, Marc Webb regressou recentemente ao seu cinema sentimental de origem, aquele que lhe deu o sucesso muito por culpa de 500 Days os Summer. Neste filme mais dramático sobre um jovem adulto que tenta encontrar o seu espaço, o resultado critico do filme defraudou as expetativas com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente as coisas tambem nao correram bem ao filme de Webb ja que ao nao conseguiu uma distribuição Wide os resultados foram demasiado curtos mesmo tendo em conta este parametro.
Sobre o filme, desde logo eu de imediato gosto de filmes que se debrucem sobre Nova Iorque enquanto cidade. E este filme tem esse pano de fundo que acaba por lhe dar um carisma proprio que infelizmente a historia de base acaba por nunca conseguir ter, ja que a teia relacional entre as personagens é tão densa que no final parece uma telenovela de final de tarde sem grandes ou promenores que conduzam o filme para outros parametros.
O filme começa por perder na caracterizaçao da personagem centra. Num filme que depende em demasia deste facto parece-me que a mesma é demasiado sem caracteristicas para segurar um filme como este. Por outro lado mesmo em termos das diferentes dinamicas relacionais fica a ideia que o filme deveria descrever e dar mais tempo a elas todas, ja que no final fica a ideia que tudo é demasiado rapido e demasiada simples.
Ou seja um filme que longe de ser original sobre a sua tematica e mais que isso sobre a sua forma, perde por ser demasiado basico na forma como não explora os diferentes vetores relacionais, algo que para um filme quase novelesco como este deveria ser feito, para pelo menos em termos emocionais o filme cumprir mais do que o básico.
A historia fala de um jovem que depois de descobrir que o pai tem uma amante, acaba por tentar se intrometer no relacionamento de ambos de forma a salvaguardar a sua progenitora da realidade.
Em termos de argumento este filme tem muito pouco de novo. Parece uma trama de uma telenovela onde as personagens se encontram todas ligadas completando todo o puzzle mesmo que nem sempre com grande realismo. O happy ending final e demasiado positivo para um filme que nem sempre tem esta toada.
Na realizaçao Webb é daqueles realizadores que depois de um filme de sucesso passou logo para um patamar de blockbuster onde apenas foi mais um tarefeiro. Neste regresso ao ponto de partida, tem denotado alguma dificuldade em dotar os seus filmes da originalidade que chamou a atençao no seu filme mais conhecido.
No cast, a escolha de Turner para principal, parece sair furada, desde logo pela falta de dimensão do protagonista, sendo facil perceber que muitos outros atores poderiam ter dado mais dimensão a personagem. No que diz respeito ao restante parece ter uma excessiva preocupação de encaixar as personagens nos interpretes e nao o contrario, o que me parece claramente um erro.

O melhor - Nova Iorque

O pior - A personagem central ser demasiado vazia

Avaliação - C-

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