QUando foi anunciado o quadro do festival de Cannes existiram dois filmes que lançaram a polemica, por um lado por serem de realizadores conhecidos e reconhecidos pela critica, mas acima de tudo porque se tratavam de produçoes Netflix pensadas para serem lançadas diretamente para televisao. As suas acabaram por mesmo com reconhecimento critico, serem envolvidas na polemica, o que acabou por lhes tirar aparentemente um peso no que diz respeito a sua presença na luta pelos premios na temporada que se avezinha.
Baumbach e um cineasta com caracteristicas muito proprias, principalmente na forma como tenta buscar o insolito de situaçoes em personagens excentricas, tratando sempre de assuntos comuns do dia a dia de pessoas e ainda mais de formas de vida. Neste filme e novamente no contexto cultural judeu temos mais um filme precisamente com as mesmas bases, ou seja, personagens em conflito em situaçoes limite. E nisso o filme funciona mais em termos parcelares do que no todo, o que acaba por no final nos fazer recordar de diversas sequencias mas temos dificuldade em achar o filme no final um bolo de primeira linha.
A forma como o protagonismo vai para dois comediantes em papeis menos obvios quando enquadrados na sua carreira, demonstra bem a toada que o realizador quer para os seus filmes, contudo penso que o filme se recente em alguma ligeireza nas interpretaçoes e que nao permite que o conflito latente em todos eles seja expresso de uma forma mais significativa. Mas aqui parece-me que Baumbach esta mais preocupado na sua assinatura de comedia disfarçada do que propriamente naquilo que o filme reserva para si.
Por tudo isto, apesar de ser um filme interessante enquadrado plenamente naquilo que e o cinema ate aos dias de hoje do seu realizador, nao nos parece suficiente para um vincado especial que o leve para um patamar mais elevado de unanimidade. Mesmo assim ressalva-se algumas sequencias de grande linhagem narrativa e dialogos de primeira linha, que contorna com outros claramente menos funcionais.
A historia fala de tres irmaos com historias de vida muito diferentes que regressam ao contacto com o seu excentrico progenitor, um escultor de pouco sucesso, e com o qual tem vivencias no minimo bastante complicadas.
A forma como Baumbach escreve as suas historias tem uma assinatura muito particular, no estilo quase comedia, mas de assuntos serios com que as suas obras se reveste. Neste caso nao sendo um filme de todo equilibrado, oferece-nos alguns dialogos de primeira linha.
COmo realizador e claramente menos visivel o seu trabalho, com uma toada mais independente. COntudo filme apos filme a sua obra esta mais consistente na criaçao de um estilo proprio e com o tempo a sua dimensao como realizador e cada vez maior.
No cast Sandler tem o papel menos previsivel, numa toada mais dramatica, mais proxima do que fez na sua colaboraçao com PT Andersson. Mesmo assim parece sempre pouco intenso quando o filme pede mais dramatismo, demonstrando debilidades. Os melhores destaques vai para a excelente prestação de Hoffman, que nao fosse o escandalo sexual seria certamente um dos candidatos a premios e mesmo Elizabeth Marvel.
O melhor - A cena do restaurante de Hoffman e Stiller
O pior - As partes sao mais que o todo
Avaliação - B-
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