Friday, November 03, 2017

The Glass Castle

Depois do sucesso instantaneo que se tornou o icon independente Short Term 12 existiu alguma expetativa sobre o que o jovem realizador Dustin Daniel Crenton iria fazer de seguida. A aposta acabou por ser um drama de vida de uma jornalista americana e o seu relacionamento com uma peculiar familia. Ao contrario do seu filme mais conseguido, em termos criticos as coisas nao correram bem com avaliações demasiado medianas para um filme que ainda poderia ter algumas restias de competir por alguns premios. Comercialmente os resultados foram muito modestos para um filme que ainda conseguiu alguma expansao e com um cast de primeira linha.
SObre o filme existem alguns modos de vida que me parece interessante serem exaustivamente documentados. ALias o grande valor do filme e a forma como vai ao fundo de uma relaçao entre pai e filha não se preocupando em pintar tudo de cor de rosa, explorando ligaçoes fortes, virtudes e defeitos dos seus intervenientes. E nesta seriedade e na forma como aborda intensamente os dois lados de uma relaçao tao intensa que o filme acaba por ser emocionalmente forte, e aqui parece-nos residir o grande objetivo do filme em si.
Parece contudo que na parte final o filme se torna demasiado circular, vontando por diversas vezes a casa de partida, mesmo dando a conhecer que nunca existiria um final. Aqui parece-me que o filme por vezes se estende um bocadinho demais ao longo das mais de duas horas de duraçao, e que perde alguma da intensidade que apenas recupera no interessante momento final a dois.
Ou seja um filme emotivo mais que racional, sobre a intensidade de uma relaçao entre pai e filha com muitas especificidades do agregado familiar. Nunca seria um filme que pela novidade podesse sonhar com voos de primeira linha embora nos pareça que para a historia e a base em si, trata-se de um filme que consegue bem chegar aos seus objetivos muito por culpa de uma escolha de interpretes de primeira linha.
A historia fala da relaçao entre um pai e uma filha num contexto familiar desprendido, com objtivos e uma moratoria propria, e uma forma de continua entrada e saida de espaço muito por culpa da falta de meios economicos, que acabam por ser ultrapassados com uma ligaçao proxima entre os elementos.
Em termos de argumento a exaustao com que o filme consegue nos dar a relaçao nas diferentes fases de evolução da personagem central demonstra que muitas vezes um argumento pode ser competente ser ter uma elevada carga criativa. Aqui parece-me que principalmente a diade principal e muito bem potenciada.
Em termos de realizaçao, temos um trabalho simples, de personagens, que procura dar-nos o lado mais emotivo de cada um. Certamente esperariamos mais arrojo de um realizador que vinha de um sucesso critico brilhante, mas aqui ficou-se por alguma simplicidade.
No cast o filme lança-se para mais altos niveis, excelentes interpretacoes de um Harrelson no seu melhor momento de forma, num papel mais dramatico e que encaixa nas suas caracteristicas, mas penso que e Larson que mais brlha, intensa em todos os momentos, da ao filme tudo que o mesmo lhe pede, demonstrando ser uma das melhores atrizes do momento.

O melhor - A exaustao de uma relaçao complexa com fases bem definidas.

O Pior - No final torna-se algo repetitivo

Avaliação -  B-

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