Tuesday, August 02, 2016

Last Days in the Desert

A história de Jesus Cristo tem nos últimos anos em Hollywood sido tema de diversos filmes que tentar retratar diferentes momentos da vida do messias. Normalmente são filmes com menos meios pelo menos em termos de cast e realizadores, e com um âmbito mais básico. Aqui temos uma abordagem diferente, numa meditação sobre uma experiência não tão abordada na vida de jesus. Os resultados foram aceitáveis em termos críticos com avaliações essencialmente positivas. Já no que diz respeito ao percurso comercial, a sua pouca expansão, acabou por condicionar e muito os parcos resultados do filme.
A história temos um período de reflexão de Jesus Cristo pelo deserto e a forma como este contacta com uma família e alguns dos ensinamentos que dai surgem. O filme é na sua essência um filme de fé, grande parte da história são os conflitos internos da personagem e isso faz com que o filme nem sempre tenha grande ritmo, chegando mesmo a ser cansativo. Só na parte final o filme adquire realmente motivos de interesse no conflito principalmente das personagens secundarias, já que objetivamente existe sempre alguma dificuldade em perceber o propósito do filme para a personagem central.
Eu sei que nem sempre é facil fazer filmes sobre uma personagem tão amada como jesus Cristo que a forma como a personagem tem que ser caracterizada é simples, pena é que se repitam filmes que sabem que a margem de manobra é curta, e que acabem por ser mais do mesmo. Neste caso pese embora a abordagem seja ligeiramente diferente, penso que em termos estruturais nada dá de novo relativamente aquilo que anteriormente já foi efetuado.
Ou seja temos muito pouco a realçar num filme demasiado cinzento, talvez a relação pai filho contextualizada pela personagem, os altos e baixos, e pouco mais num filme que passa demasiado tempo a descrever uma personagem a deambular no deserto com todos os interesses que isso possa ter.
A historia fala de uma passagem na vida de Jesus Cristo em que o mesmo permanece vários dias no deserto no sentido de contactar com o seu pai, ou seja Deus, aqui acaba por conhecer uma familia que o ajuda, na qual a mãe sofre de uma doença, o filho tem a ambiçao de sair do deserto e o pai de manter a familia unida.
Em termos de argumento é um filme extremamente limitado de base, ou seja é daqueles filmes que não tem grandes persoangens, cuja caracterização de Jesus encaixa naquilo que pode ser trabalhado e os restantes são meros fantoches para o obejtivo da personagem principal.
Rodrigo Garcia é um realizador Colombiano, muito relacionado com alguns programas de televisão, mas já com alguns filmes. Aqui tem uma realização simples, principalmente porque o deserto não é propriamente o espaço que permita grandes momentos de cinema, principalmente quando retratado de uma forma básica.
O cast Ewan Mcgregor e um Jesus Cristo nada provavel pela sua fisionomia, podemos dizer que neste caso temos um papel simples, quase silencioso. Ao seu lado destaque para um Hinds sempre intenso nas suas construções e um Sheridan que nos parece claramente estar fora de tom para o filme em questão.

O melhor - A relação pai filho

O pior - Grande parte do filme ser uma personagem a deambular no deserto

Avaliação - C-

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