Tem sido uma das
tendências do cinema actual passar para live action algumas das
figuras mais consagradas da banda desenhada, quer com replicas das
historias originais quer outras abordagens. Um desses filmes foi esta
Legend of Tarzan apostado numa sequela da historia conhecida e com
Yates, o responsavel final de Harry Potter como realizador. Os
resultados foram medianos criticamente com avaliações medio
negativas, comercialmente longe de se tornar um grande sucesso como
foi o caso de Livro da Selva mas ao mesmo tempo longe de ser o floop
rotundo de outros filmes.
Sobre o filme, desde
logo começamos por sublinhar a coragem de partir de uma historia
nova com base numa conhecida, direi mesmo que este é o tipo de
apostas de risco e que mostra coragem na produçao, mesmo que a
historia em si seja simplista, com o regresso as origens e com as
premissas do original sem muito arriscar dando espaço aos efeitos
especiais. Pois bem é aqui que o filme falha em grande escala,
quando comparado com outros filmes do mesmo nivel produtivo este e
claramente um filme muito aquem, muito digital e informatico e o uso
desses metodos neste caso esta longe da perfeição.
Depois um filme obvio,
o risco e a coragem acabaram na ideia, pois tudo o resto e
predifinido com o limite minimo de risco, ou seja a historia de base
e simples, as personagens tem todas papeis definidos, o filme quase
não tem guião, e o recurso a excesso de retrocessos temporais por
vezes fazem-nos pensar que seria melhor um filme que seguisse o
inicio de Tarzan do que propriamente ir atras momento apos momento.
Enfim um filme que
encaixa no perfil de blockbuster de verão de nivel medio, daqueles
filmes que tem declaradamente como objetivo central o angariar
dinheiro e pouco mais, e onde alguma escolhas podem ser muito
discutiveis principalmente no cast. E um filme que nos parece muito
modesto para dar o inicio a uma saga embora os resultados por si so
não o inibam.
A historia segue Tarzan
depois da historia conhecida, onde esta instalado com jane em
Inglaterra ate que e chamado no sentido de tentar acabar com um
conflito na salva do Congo onde nasceu e foi criado, contudo as
ambiçoes de o trazerem de volta a selva podem não ser as mais
claras.
Em termos de argumento
é uma ideia interessante como todas as que tentam dar continuidade a
algo conhecido, mas cujo o risco acaba ai, porque tudo o resto e tão
esteriotipado que nos faz pensar que a ideia talvez funcionasse
melhor com a historia de base. E um filme quase sem personagens e
dialogos.
Yates era um simples
desconhecido ate Harry Potter e tem aqui a primeira prova de fogo
antes de regressar ao mundo de Harry Potter, penso que foi melhor
tarefeiro na saga mundialmente conhecida do que neste filme, aqui tem
algum risco mas depois falha na forma como encaixa os efeitos no
filme e isso é necessario ate no mais basico dos tarefeiros.
Em termos de cast se as
escolhas de Robbie e principalmente de Waltz parecem ser escolhas
faceis em papeis faceis e que encaixam nas caracteristicas de cada um
deles, já Saasgard parece uma escolha de risco que não funciona,
nunca foi um actor mainstream e isso nota-se em alguma falta de
dimensao e carisma, numa personagem que também nos parece muito
limitada. Alias so consegue algum protagonismo quando a personagem de
Samuel L Jackson prepara caminho, numa boa escolha como aliado e
apontamentos de humor, ainda que reduzidos do filme.
O melhor – Sempre de
louvar o tentar descobriro a parte desconhecida do conhecido
O pior – O filme
esgotar a originalidade e a creatividade na ideia de base
Avaliação - C
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