Saturday, August 13, 2016

Disorder

Existem diversos filtros que fazem com que apenas filmes mais conhecidos e de melhor resultado critico e comercial na europa consigam chegar e ser distribuidos nos EUA: Um dos filmes lançados o ano passado que este ano viu a luz do dia nos cinemas americanos foi este Maryland, que nos EUA ganhou um novo nome, ou seja Disorder. Depois de uma recepçao interessante no Festival de Cannes o filme recolheu resultados criticos interessantes, já comercialmente ao não ser um filme falado em inglês terá as dificuldades naturais para se impor num competitivo mercado.
Sobre o filme, desde logo podemos dizer que Disorder é um filme com caracteristicas vincadas de cinema europeu, ou seja persoangens marcadas pelo passado, um filme silencioso que quase sempre tenta nos dar sensaçoes de desconforto, e poucas linhas de dialogos apontando para um final onde se centra muito das apostas do filme e o que vai determinar se tudo acaba por funcionar ou não para o espetador. Pois bem na minha opinião sendo o final o melhor do filme acaba por tudo o resto ser muito monotono e parado para fazer o twist final funcionar.
Por outro lado penso que mesmo o final deveria ser mais objetivo mais concreto naquilo que quer transmitir, pois mesmo assim podem surgir duvidas relativamente ao que aconteceu e penso que num filme tao lento como este o unico ponto de alguma vida deveria ser mais objetivo, mesmo que implicitamente seja um final interessante quando observado na conjetura de um filme que ate nos parece com um bom fio condutor e uma ideia de base de primeiro nivel, parece é que execuçao não permite que o filme tenha o impacto que o argumento, pelo menos a base do mesmo merecia.
Ou seja um filme com algumas das virtudes do cinema europeu, unico na forma como transmite inquietaçao das personagens, mas com defeitos do mesmo cinema principalmente nos filmes de menos dimensao, ou seja um ritmo demasiado pausado, processos longos, poucos dialogos, muitas sequencias de camara parada, que o tornam ao longo da sua duraçao muitas vezes aborrecido, morto, sendo resgatado mas sem o mesmo tipo de efeito para um fim mais interessante e que com outro tipo de desenvolvimento poderia ter levado o filme para outros patamares.
A historia fala de um ex-militar contratado para servir de guarda costas a esposa de um libanes, contudo rapidamente começam a sofrer ameaças externas que tera de o colocar no maximo alerta onde percebe que as suas condiçoes mentais sao diferentes daquelas que tinha no periodo que antecedeu as suas funçoes como militar.
Em termos de argumento podemos dizer que o corpo da historia, é interessante, original e funciona, o problema e na sua concretizaçao e em promenores, e quase sempre um filme muito parado, onde as personagens passam grande parte do tempo caladas, tornando este argumento algo enfraquecido, mesmo partindo de um corpo bastante interessante.
Winocour e uma realizadora ainda jovem que tem aqui o seu projeto mais mediatico, conseguido reunir dois actores com experiencia de Hollywood o resultado e claramente trandicionalista europeu com imagens muito focadas no protagonista e no seu sofrimento sendo que aqui o filme não tem nada de novo relativamente ao que já se faz na europa. Esperamos os seguintes filmes para traçar o seu perfi.
Em termos de cast, o filme tem todo o peso na interpretaçao de Schoenaerts, o actor cada vez mais presença vincada em filmes europeus e americanos tem aqui talvez um dos papeis de maior destaque na sua carreira, na qual cumpre, pese embora fique a impressao que a personagem dava para mais, e que o actor fruto de um guiao concretamente frouxo não da tudo o que a personagem poderia dar, já Kruger muito mais figurante não teve um papel de tanto destaque.

O melhor - O fio condutor do argumento

O pior – Ser durante grande parte da duração um filme demasiado silencioso


Avaliação - C+

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