Existem diversos
filtros que fazem com que apenas filmes mais conhecidos e de melhor
resultado critico e comercial na europa consigam chegar e ser
distribuidos nos EUA: Um dos filmes lançados o ano passado que este
ano viu a luz do dia nos cinemas americanos foi este Maryland, que
nos EUA ganhou um novo nome, ou seja Disorder. Depois de uma recepçao
interessante no Festival de Cannes o filme recolheu resultados
criticos interessantes, já comercialmente ao não ser um filme
falado em inglês terá as dificuldades naturais para se impor num
competitivo mercado.
Sobre o filme, desde
logo podemos dizer que Disorder é um filme com caracteristicas
vincadas de cinema europeu, ou seja persoangens marcadas pelo
passado, um filme silencioso que quase sempre tenta nos dar sensaçoes
de desconforto, e poucas linhas de dialogos apontando para um final
onde se centra muito das apostas do filme e o que vai determinar se
tudo acaba por funcionar ou não para o espetador. Pois bem na minha
opinião sendo o final o melhor do filme acaba por tudo o resto ser
muito monotono e parado para fazer o twist final funcionar.
Por outro lado penso
que mesmo o final deveria ser mais objetivo mais concreto naquilo que
quer transmitir, pois mesmo assim podem surgir duvidas relativamente
ao que aconteceu e penso que num filme tao lento como este o unico
ponto de alguma vida deveria ser mais objetivo, mesmo que
implicitamente seja um final interessante quando observado na
conjetura de um filme que ate nos parece com um bom fio condutor e
uma ideia de base de primeiro nivel, parece é que execuçao não
permite que o filme tenha o impacto que o argumento, pelo menos a
base do mesmo merecia.
Ou seja um filme com
algumas das virtudes do cinema europeu, unico na forma como transmite
inquietaçao das personagens, mas com defeitos do mesmo cinema
principalmente nos filmes de menos dimensao, ou seja um ritmo
demasiado pausado, processos longos, poucos dialogos, muitas
sequencias de camara parada, que o tornam ao longo da sua duraçao
muitas vezes aborrecido, morto, sendo resgatado mas sem o mesmo tipo
de efeito para um fim mais interessante e que com outro tipo de
desenvolvimento poderia ter levado o filme para outros patamares.
A historia fala de um
ex-militar contratado para servir de guarda costas a esposa de um
libanes, contudo rapidamente começam a sofrer ameaças externas que
tera de o colocar no maximo alerta onde percebe que as suas condiçoes
mentais sao diferentes daquelas que tinha no periodo que antecedeu as
suas funçoes como militar.
Em termos de argumento
podemos dizer que o corpo da historia, é interessante, original e
funciona, o problema e na sua concretizaçao e em promenores, e quase
sempre um filme muito parado, onde as personagens passam grande parte
do tempo caladas, tornando este argumento algo enfraquecido, mesmo
partindo de um corpo bastante interessante.
Winocour e uma
realizadora ainda jovem que tem aqui o seu projeto mais mediatico,
conseguido reunir dois actores com experiencia de Hollywood o
resultado e claramente trandicionalista europeu com imagens muito
focadas no protagonista e no seu sofrimento sendo que aqui o filme
não tem nada de novo relativamente ao que já se faz na europa.
Esperamos os seguintes filmes para traçar o seu perfi.
Em termos de cast, o
filme tem todo o peso na interpretaçao de Schoenaerts, o actor cada
vez mais presença vincada em filmes europeus e americanos tem aqui
talvez um dos papeis de maior destaque na sua carreira, na qual
cumpre, pese embora fique a impressao que a personagem dava para
mais, e que o actor fruto de um guiao concretamente frouxo não da
tudo o que a personagem poderia dar, já Kruger muito mais figurante
não teve um papel de tanto destaque.
O melhor - O fio
condutor do argumento
O pior – Ser durante
grande parte da duração um filme demasiado silencioso
Avaliação - C+
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