É clara a estrategia
da Netflix aos poucos dominar por completo não só os telefilmes bem
como filmes de expansao curta que se intrometem principalmente na
luta pelos premios. Foi o que aconteceu o ano passado com Beasts of
No Nation, e este ano com este filme em Sundance. Os resultados
criticos do filme até foram positivos pese embora insuficientes para
trazer o premio. Em termos comerciais a estrategia da Netflix e
vender o seu canal, dai que sera sempre dificil avaliar o que o filme
conta por si.
Sobre o filme, podemos
dizer que o estilo telefilme está lá de principio a fim, daqueles
filmes muito baseado em historias de vida, mas ao mesmo tempo que
consegue ser pouco convencional principalmente na forma como cria uma
personagem excentrica mas ao mesmo tempo emocionalmente interessante
na simbiose com a sua antagonia. E nisto o filme funciona sem nunca
necessitar de deixar de ser um filme vulgar na sua simplicidade e dos
seus mecanismos prende-nos ao ecrã, sendo que a opçao por uma linha
moralmente desiquilibrada nos faz pensar da forma como o filme
termina, que acaba por ser simples mas funcional.
Este e um filme que
obviamente não vamos nunca considerar uma obra prima, é um filme
claramente na sua maior parte simples, em termos narrativos apenas
arrisca quando nos faz o paralelismo de sair da terra e a força que
nos temos para agarrar a vida, o unico apontamento poetico do filme
mas que funciona, principalmente potenciado no seu fim. Este ponto
acaba por tornar um filme simples, e nem sempre surpreendente um
pouco melhor, mesmo que o filme seja sempre mais agradavel do que
espetacular.
E um filme claramente
feminino, mas que questiona não divide personagens em singularidades
dando-lhe complexidade e ao memso tempo diferente dimensoes em
prespetiva e nisso o filme torna-se mais adulto e mais profundo do
que o simples historia de vida de domingo a tarde que acaba por ser a
sua roupagem inicial.
A historia fala de uma
jovem, totalmente perdida na vida, que o unico objetivo e viver dia a
dia na sua carrinha com o seu namorado. Abandonada por este tenta
sobreviver com a ajuda de uma criança que rapta junto da mãe do seu
namorado desaparecido.
Em termos de argumento
mesmo não sendo um poço de originalidade e creatividade e um filme
interessante, com barreiras curtas dá-nos algo de diferente dentro
da historia de vida. Nao é um filme de lados bons e maus, ou de
opçoes boas e erradas, debruça-se profundamente sobre cada tema e
para isso funciona personagens bem montadas, e dialogos simples mas
objetivamente funcionais.
Sian Header é já uma
figura conhecida do mundo da televisao graças ao sucesso de Orange
is the New Black, nesta passagem para o cinema com a chancela da
Netflix que tambem produz a sua serie, temos uma realiaçao simples,
claramente feminina. Nao é claramente o ponto que mais chama a
atençao do filme, já que são visiveis muitos tiques de televisao,
mas Nova Iorque dá uma ajuda para tudo.
Em termos de cast não
é um filme dificil, parece-nos que Page está demasiado masculina
para o papel, principalmente defendendo alguma heterossexualidade,
mas combina bem com Janney, quimica que já vem de Juno, esta tem o
melhor papel do filme, e o mais exigente e um das boas interpretaçoes
do ano ate ao presente momento.
O melhor – O filme
conseguir diferenciar uma historia demasiado normal
O pior – Ser na
essencia um filme de caso de vida de televisao
Avaliação - B-
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