Thursday, August 04, 2016

Tallulah

É clara a estrategia da Netflix aos poucos dominar por completo não só os telefilmes bem como filmes de expansao curta que se intrometem principalmente na luta pelos premios. Foi o que aconteceu o ano passado com Beasts of No Nation, e este ano com este filme em Sundance. Os resultados criticos do filme até foram positivos pese embora insuficientes para trazer o premio. Em termos comerciais a estrategia da Netflix e vender o seu canal, dai que sera sempre dificil avaliar o que o filme conta por si.
Sobre o filme, podemos dizer que o estilo telefilme está lá de principio a fim, daqueles filmes muito baseado em historias de vida, mas ao mesmo tempo que consegue ser pouco convencional principalmente na forma como cria uma personagem excentrica mas ao mesmo tempo emocionalmente interessante na simbiose com a sua antagonia. E nisto o filme funciona sem nunca necessitar de deixar de ser um filme vulgar na sua simplicidade e dos seus mecanismos prende-nos ao ecrã, sendo que a opçao por uma linha moralmente desiquilibrada nos faz pensar da forma como o filme termina, que acaba por ser simples mas funcional.
Este e um filme que obviamente não vamos nunca considerar uma obra prima, é um filme claramente na sua maior parte simples, em termos narrativos apenas arrisca quando nos faz o paralelismo de sair da terra e a força que nos temos para agarrar a vida, o unico apontamento poetico do filme mas que funciona, principalmente potenciado no seu fim. Este ponto acaba por tornar um filme simples, e nem sempre surpreendente um pouco melhor, mesmo que o filme seja sempre mais agradavel do que espetacular.
E um filme claramente feminino, mas que questiona não divide personagens em singularidades dando-lhe complexidade e ao memso tempo diferente dimensoes em prespetiva e nisso o filme torna-se mais adulto e mais profundo do que o simples historia de vida de domingo a tarde que acaba por ser a sua roupagem inicial.
A historia fala de uma jovem, totalmente perdida na vida, que o unico objetivo e viver dia a dia na sua carrinha com o seu namorado. Abandonada por este tenta sobreviver com a ajuda de uma criança que rapta junto da mãe do seu namorado desaparecido.
Em termos de argumento mesmo não sendo um poço de originalidade e creatividade e um filme interessante, com barreiras curtas dá-nos algo de diferente dentro da historia de vida. Nao é um filme de lados bons e maus, ou de opçoes boas e erradas, debruça-se profundamente sobre cada tema e para isso funciona personagens bem montadas, e dialogos simples mas objetivamente funcionais.
Sian Header é já uma figura conhecida do mundo da televisao graças ao sucesso de Orange is the New Black, nesta passagem para o cinema com a chancela da Netflix que tambem produz a sua serie, temos uma realiaçao simples, claramente feminina. Nao é claramente o ponto que mais chama a atençao do filme, já que são visiveis muitos tiques de televisao, mas Nova Iorque dá uma ajuda para tudo.
Em termos de cast não é um filme dificil, parece-nos que Page está demasiado masculina para o papel, principalmente defendendo alguma heterossexualidade, mas combina bem com Janney, quimica que já vem de Juno, esta tem o melhor papel do filme, e o mais exigente e um das boas interpretaçoes do ano ate ao presente momento.

O melhor – O filme conseguir diferenciar uma historia demasiado normal

O pior – Ser na essencia um filme de caso de vida de televisao


Avaliação - B-

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