Enquanto o cinema for um espaço de expressão creativa vão sempre existir excentricos que normalmente na realização mais conhecidos pela polemica das suas obras do que propriamente pelo valor das mesmas. Um desses realizadores e o britanico Winterbottom. Sempre que um novo filme do realizador e lançado aguarda-se sempre ou uma expressao sexualizada ou um combate politico ou musical. Neste filme voltamos ao primeiro tema num biopic sobre Paul Raymond e a forma como este conquistou o mundo com o sexo. Os resultados longe da polemica de outros filmes tiveram uma recepção critica mediana insuficiente para rentabilizar o filme na sempre dificil bilhenteira para creativos como Winterbottom.
Sobre o filme podemos dizer que a toada do mesmo e parecida com 24 hours party people, ou seja nunca e um filme declaradamente exagerado nas mençoes ao sexo, mas mais que isso e um filme extremamente preocupado em debruçar-se sobre a pessoa que retrata. Contudo no final do filme percebemos que ambiguidade da personagem e mesmo a sua vida foi extremamente repetitiva e por vezes mesmo com acontecimentos marcantes uma boa historia de vida nem sempre da um bom filme porque a personalidade em si soa a vazio.
Assim e apos as dificuldades naturais de se debruçar sobre a historia de alguem que nao tinha tanto para dar o filme tem alguns pontos positivos na forma como explora o boom mediatico nas obras de Raymond como a negação das mesmas, a forma irrequieta com que o filme e realizado som pontos positivos num filme que mesmo assim parece sempre cinzento pouco afortunado e sem a estrelinha da intensidade emocional.
No fim surge um bipic algo pastoso por alguem que prometiaa ser bem mais interessante pela sua obra do que propriamente se traduz no biopic, alguem com um contexto complicado explosivo nas relaçoes mas que o filme demonstra com desinteresse, e que o filme acaba por se prejudicar por isto mesmo.
A historia fala na ascensão de Paul Raymond que atravez da industria do sexo se tornou numa das pessoas mais ricas de Londres, contudo isso nao impediu de uma vida familiar e relacional muito atribulada.
O argumento é algo confuso principalmente porque tenta ser rebelde em termos temporais e o filme não tem dimensao para isso, ou seja, essa escolha confunde e nada tras de artistico ou astuto, e dificulta que o peso das sequencias em si seja o real, nao permitindo por vezes personagens de crescer ou mesmo situaçoes de serem suficientemente assimiliadas pelo espectador.
Winterbottom foi sempre mais conhecido pela sua vertente rebelde em termos tematicos do que propriamente pela sua qualidade artistica como realizador aqui tem um bom estudo cultural e situacional de Raymond mas nunca estamos perante uma obra de eleiçao de um realizador com um estilo proprio mas nem sempre unanime mesmo apenas analisando o estado da arte.
Em termos de cast Coogan e o actor fetiche de Winterbottom, mas parece-nos que o peso dramatico que da as personagens nao existe mas si apenas o lado mais descontraido aqui essa faceta faz falta dando a sensação de ser um actor mais pequeno do que a personagem o maior destaque vai para Egerton que apartir do momento em que entra no filme o domina, so perdendo por contingencias de um guiao confuso.
O melhor - A forma com que e caracterizada a perda de controlo da personagem com as mulheres
O pior - Os saltos temporais por vezes artisticos aqui desnecessarios
Avaliação - C
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