Saturday, December 09, 2023

The Killer

 Depois da frustração de Fincher em não ter ganho finalmente o oscar que persegue faz anos com o seu Monk, eis que o mesmo continuou a sua ligação a Netflix neste projeto menos ambicioso do ponto de vista de premios, embora englobado no pacote para a awards season da operadora. O filme que estreou em Veneza e marcava o regresso ao cinema de Michael Fassbender como protagonista. A receção critica foi positiva com avaliações maioritariamente boas, mas insuficientes para a temporada de premios, em termos comerciais, claro que a Netflix tem propostas bem mais apelativas do grande publico.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme monocordico sempre com um ritmo baixo, maioritariamente falado pela voz mental do protagonista, na preparação e execução das suas vitimas mas acima de tudo numa autopsia ao seu pensamento. Sao claras as influencias do filme a American Psyco, do primeiro ao ultimo minuto, e isso acaba por ser o ponto contra do filme, que tinha uma historia e uma intriga para desenvolver e acaba por se reduzir um pouco aos maneirismos da personagem.

Isso faz com que o filme seja interessante mas longe de ser uma obra prima, os maneirismos e os pensamentos do personagem seguram o filme na fase inicial, mas com o desenvolvimento da historia e a passagem das vitimas o filme vai sendo circular e ciclico e previsivel, o que para o regresso da dupla FIncher - Kevin Walker, sabe a pouco.

Acaba por ser nos promenores que o filme melhor funciona, na banda sonora, na homenagem total a The Smits que preenchem o filme ao longo de toda a duração, na boa interpretaçao de Fassbender, na realizaçao sempre impactante de Fincher e na banda sonora de Reznor, todos estes elementos mereciam um filme mais significativo, que o filme apenas é em apontamentos e nunca no seu valor global.

O filme fala sobre um assassino contratado, e o seu oficio, principalmente depois de falhar um alvo e ser ele proprio alvo de uma tentativa de homicidio, que o leva a procurar um a um os envolvidos na sua ofensa.

NO que diz respeito ao argumento, na intriga o filme está longe de ser diferenciado, fica mesma a ideia que o filme acaba por ser repetitivo e denunciado. E nos promenores na linguagem propria do personagem com ele proprio que temos os melhores momentos, na forma como entra dentro da cabeça da personagem, sem que ele fale muito, principalmente com outras pessoas.

FIncher e um dos realizadores mais competentes da atualidade que começou com a surpresa de filmes inovadores e originais, que se tornou num realizador de impacto, mas que nos ultimos tempos tem sido mais tradicionalista. Aqui temos um filme claramente menos na sua forma de realizar, sem que a competencia deixe de estar la quando e chamado.

No cast o filme é totalmente pensado na interpretaçao de Fassbender, que acaba por ser competente, com os maneirismos do personagem, que os repete ao longo das duas horas de duração. Nao e surpreendente porque o ator ja demonstrou ser bom como serio psicopata e aqui comprova isso. O filme e um monologo dai que nao exista espaço para mais ninguem.


O melhor - O exercicio musical e estetico que o filme tem em alguns momentos.

O pior - O filme acaba por ser repetitivo e previsivel


Avaliação - B



No comments: