Oito anos depois do seu ultimo filme, depois de decadas como a namoradinha dos EUA eis que Meg Ryan regressou aos ecras num projeto seu, no estilo que fez a carreira dela ser o que é, sem esconder as debilidades que a idade lhe foi trazendo. Este filme acabou por estrear com essa curiosidade com criticas medianas e comercialmente longe dos momentos em que a atriz enchia salas de cinema e tinha as suas adeptas fieis.
Sobre o filme temos um filme romantico sobre um reencontro não planeado num transfer de aeroporto, este tema ja foi tratado em Jet Lag o filme frances que este filme se baseia, e o filme acaba por ser um conjunto de lugares comuns, com a preocupação de Ryan enquanto realizadora tentar fazer quadros esteticos romanticos mas pouco mais.
Os dialogos acabam por ser o parente pobre do filme, principalmente comparado com filme com o mesmo estilo, ou seja um dialogo prolongado entre duas personagens, vem logo a cabeça a forma magistral como Linklater fez tão bem nos seus Before, e este acaba por ser uma versão fraca do mesmo estilo, as mudanças os twist são tão encaixados a pressao num tom dramatico que o filme nunca consegue encontrar o tom para fazer a situaçao funcionar.
Por tudo isto temos Ryan de volta ao estilo que fez carreira mais proximo dos ultimos filme que a levaram a ausencia do que as comedias de inicio. Denota-se a debilidade fisica da actriz que ninguem pode ficar indiferente, e mais que isso temos um filme que na ideia é sobre tudo na relaçao mas acaba por ser sobre nada.
A historia fala de dois ex-namorados que depois de muitos anos sem terem qualquer contacto, se encontram num voo perdido num aeroporto situado no meio do nada. Com os sucessivos atrasos estes vao tendo tempo para conversar sobre as vidas, sobre o que falhou neles.
O argumento e o parente pobre do filme, os dialogos tentam ser tão intensos que acaba por nao conseguir construir a quimica das rotinas que e tao importante num filme como este. O final e arriscado mas acaba por ser a melhor opçao para algum realismo do filme.
Ryan enquanto realizadora teve a sua primeira tentativa há oito anos atras, algo que foi tao mal recebido que levou a este enorme interregno. Aqui ela tenta ser estetica em alguns planos, romantica, algumas das imagens são bonitas embora com pouca arte, mas fica a ideia que e um melhor filme que o seu Ithaka.
No cast a idade não foi amiga de Ryan, retirando-lhe a naturalidade que fez a carreira dela ser o que foi. Um ar danificado pelo tempo, principalmente comparando com um Dunchovny mais preservado, faz com que a quimica entre ambos não seja a melhor, já que em termos individuais nunca e um filme exigente para os seus interpretes.
O melhor - ALguns planos de realização.
O Pior - Meg Ryan perdeu todos os atributos de naturalidade que a fizeram ser a rainha das comedias romanticas
Avaliação - C-
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