Com um ano de atraso acabou por surgir a grande aposta da Netflix para esta corrida aos Oscars, nada mais nada menos que o novo filme de Bradley Cooper, produzido por Scrocese e Spilberg numa autentica equipa de luxo com as ambições aos maximo. Criticamente as coisas correram bem para Cooper com avaliações muito positivas. Comercialmente o biopic não e propriamente o estilo de cinema que mais se procura numa aplicação tão massiva, embora um numero elevado de nomeações aos oscares previsiveis poderá fazer com que o filme consiga mais impacto a este nivel.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa bem, com ritmo, com originalidade num interessante preto e branco mas que esse risco vai desaparecendo para se tornar num biopic mais convencional sobre uma personagem e sobre a sua relação, num ritmo lento e num filme que dificilmente ficara a marcar os seus espetadores os quais podem reconhecer alguma competencia principalmente na forma como capta imagens e em algumas sequencias.
Este e daqueles filmes pensado de cima a baixo para dar o oscar ao seu protagonista que acaba por ser tudo no filme, realizador, argumentista, produtor e interprete. O filme e pensado e escrito com esse proposito, mesmo que isso leve a um argumento de lume brando, de uma vida que acaba por ser um parentises do filme que liga acima de tudo a relação criada de Leonard com a sua esposa de sempre.
Em suma um filme competente, longe de ser brilhante, que tem na fotografia e na realizaçao os seus vetores mais fortes, mas que fica a ideia que pelos envolvidos deveria ter mais risco, mais originalidade, pois o ritmo baixo nao e alimentado por eluquência que muitas vezes não aparece.
A historia segue a relaçao do compositor Leonard Bernstein com a sua mulher, nao obstante da sua ambiguidade sexual e daquilo que todos os rumores refletem em tudo a sua volta e numa carreira obviamente unica.
Parece ser no argumento que o filme tem mais dificuldades, se o lado amoroso e de simbiose das personagens ate consegue ser bem criado na maior parte do tempo, por seu lado na intriga ou mesmo na escolha e pontuaçao da carreira e algo difuso e isso tira o impacto maior de um filme como este.
Na realizaçao Cooper e sem sombra de duvida um realizador com muitas virtudes, visuais e de risco, embora me pareça que tem de trabalhar com outros protagonistas para secar os filmes a procura dos seus momentos como ator.
No cast Cooper parece ter pensado todo o projeto para o seu oscar de melhor ator, que devera ser uma realidade em face do seu valor e proximidade com todo o circuito mais do que pela força em si de um papel demasiado denunciado nos seus propositos. Não considero COoper um prodigio, e fica sempre a sensação que um ator de primeira linha poderia ter retirado muito mais das personagens que teve a sorte de interpretar. Mulligan pelo seu lado e impactante numa das melhor interpretaçoes femininas do ano, e o norte do filme, mesmo a luz teimando em ir para o outro lado.
O melhor - A sequencia inicial
O pior - A falta de ritmo do filme
Avaliação - C+
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