Sunday, December 11, 2022

Armageddon Time

 Apresentado no ultimo festival de Cannes como uma obra auto briográfica de James Gray, este pequeno filme sobre a pre adolescencia, sonhos e tentativa de nos colocarmos no mundo, até conseguiu ser bem recebido no festival o que de imediato lhe colocou o selo de oscarizavel, o qual com o lançamento e com o pouco impacto comercial acabou por ir desaparecendo, sendo que apenas o seu percurso nos primeiros premios podera definir que papel ira desempenhar o filme nesta temporada.

Sobre o filme temos um drama familiar, sobre a infância, sobre os comportamentos pre adolescentes, sobre os sonhos, sobre a forma como se integra em diversos momentos. O filme não sendo no seu todo uma obra prima, tem otimos momentos, como a primeira reunião familiar, sobre o crescimento da relação de amizade com alguem de outro lado da sociedade, bem como as conclusões, isto tem um valor emocional muito mais impactante apos o conhecimento que se trata de memorias do proprio realizador.

Claro que muitos verão o filme e pensarão que e algo pequeno, algo circunscrito ao momento, mesmo que o filme esteja constantemente a colocar dados historicos para o contextualizar. A forma como o filme nas conversas entre as duas personagens infantis vai fazendo crescer os sonhos tipicos e o ponto forte de um filme que talvez necessitasse de um desenvolvimento maior da relação da personagem central com os pais e com o seu contexto.

Mesmo assim um bom filme dramatico, bem interpretado, principalmente pelos consagrados adultos que escolhe. Nem sempre é objetivo nos trajetos o que faz com que o impacto final possa ser deliberadamente menor. Nao sei se tem tamanho para premios, mas tem o lado emocional e nostálgico que muitas vezes é necessario.

A historia segue um pre adolescente que na escola publica acaba por se associar a um jovem de classe baixa, com problemas de comportamento o que conduz a que também ele acabe por replicar tal conduta o que leva a uma alteração de escola e o impacto da morte da sua figura de referência no crescimento de uma identidade.

No que diz respeito ao argumento nota-se muita intimidade do argumentista e realizador com a historia, no lado animico que acaba por associar entre as duas personagens infantis. Penso que a forma como conhece as personagens adultas dificulta o argumento em as caracterizar para alem do aqui e agora.

Gray e um realizador experiente que nunca teve um filme diferenciado que preenchesse a sua carreira a longo termo. Aqui temos um filme realizado com simplicidade deixando funcionar o cast e a historia que se nota ser proxima da sua infancia. Talvez goste mais desta simplicidade dele como realizador quando comparado com o que fez anteriormente.

No cast eu penso que a personagem mais jovem, entregue a  Banks Repeta, que ja tinhamos visto como secundarissimo em Black Phone nao funciona. O actor parece sempre debil demais para a rebeldia que quer fornecer a sua personagem. O filme salva-se pelo seu tridente de consagrados. Hathway e Strong estão a um nivel elevadissimo, e com possibilidade de nomeaçao no terreno secundario, e a presença de Hopkins da ao filme o lado sereno que o filme quer na abordagem da relaçao avo neto.

O melhor - O lado emocional e nostalgico que o filme transmite.

O pior - Algumas personagens so funcionam no aqui e agora.


Avaliação - B



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