Tuesday, December 22, 2020

Wander Darkly

 Numa altura em que as produções pararam por completo paralisando por completo aquilo que poderia ser o sucesso do cinema, eis que como seria expectavel alguns dos projetos que iniciaram o ano de SUndance, mesmo aqueles que foram menos vencedores acabaram por ver a luz do dia. Um desses filmes foi este thriller metafisco que reuniu algumas boas avaliações em SUndance mas insuficientes para o fazer convencer junto do publico.Comercialmente o filme foi quase redutor, sendo obviamente um filme com poucas ambiçoes neste capitulo.

Sobre o filme podemos começar por dizer que ideologicamente e um filme ambicioso ao jogar com as mesmas personagens a partir de um ponto com realidades paralelas e temporais e com alguns twists, do ponto de vista pratico nem sempre a coragem do argumento se faz sentir no resultado ja que as sequencias e a forma como as mesmas são montadas tornam o projeto muitas vezes demasiado confusas.

E ate se pode dizer que o filme em alguns aspetos funciona bem, na intensidade das personagens ou mesmo na forma com que tudo no final se une bem, e alguns dialogos mais fortes do ponto de vista de moratoria. Mas por outro lado tudo junto nunca faz um filme particularmente feliz ja que nao consegue comunicar a ideia de uma forma particularmente interessante com o espetador.

Ou seja um daqueles filmes que ficamos com a sensaçao que com alguma maior capacidade do argumento poderia funcionar bem melhor. E um daqueles filmes que fruto das interpretaçoes ou mesmo das personagens merecia um resultado final integrado bem mais competente.

A historia fala de um casal que apos um acidente acaba por seguir o trajeto da sua relaçao e de alguns conflitos bem como a forma como a alma da mulher assiste ao desenvolvimento da vida dos seus sem ela.

Em termos de argumento o filme na teoria e corajoso, quer na base, quer na conclusao, mas nem sempre e efetivado da melhor maneira ja que tudo soa a confuso, ja que o argumento nem sempre consegue encaixar bem no tipo de realizaçao.

Na realizaçao este e um projeto pessoal de Tara Miele uma jovem realizadora indie a procura de um espaço proprio. O filme exigia mais arte na separaçao ou delimitaçao de fragmentos o que nem sempre consegue e fica a ideia que alguma inexperiencia num trabalho que nao seria facil.

Siena Miller aparece em boa forma nos ultimos tempos em algumas interpretaçoes que exigem alguma versatilidade e intensidade que tem apresentado. Luna parece mais preso, mas mesmo assim bem melhor que alguns dos ultimos registos que apresentou.


O melhor - A interpretaçao de Miller

O pior - A confusao de conceitos do argumento


Avaliação - C



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