Sunday, April 12, 2020

Ordinary Love

O romantismo em tempos difíceis são sempre filmes que normalmente tem uma carga emocional elevada que os torna algo limitados ao melodrama, contudo o ano passado e com o espirito ingles saiu este filme lançado em alguns festivais que acabou por chamar a atenção critica com avaliações interessantes embora insuficientes para lançar o filme para altos voos. Do ponto de vista comercial parece-me um filme com alcance curto e que acabou por se comprovar nos curtos resultados também relacionados com a limitada divulgação que teve.
O cancro ou a doença no amor nem sempre me parece bem utilizada nos filmes que recorrem sempre ao drama completo, perdendo por vezes outros aspetos dos casais. Pois bem este filme e diferente e funciona ligeiramente melhor porque não limita o filme a doença, mas acaba por dar as personagens na doença e isso acaba por fazer o filme ser ao mesmo tempo dramático em níveis elevados sem nunca deixar de entrar na dinâmica formada do casal.
Uma das apostas que o filme faz e que o ajuda a ter este resultado e debruçar-se sobre um casal de meia idade com um passado ainda mais dramático, isso podia conduzir a um excesso de lagrima ou um peso da tristeza que desse ao filme uma toada pesada, mas o filme equilibra este ponto com a química entre um casal formado, e muito por culpa de ser um filme com doença e não exclusivamente sobre a doença.
CLaro que depois e um filme de emoção fácil, que por vezes não consegue alterar esse ponto ao exagero, fica a ideia final de uma mensagem positiva e mais que tudo uma ideia que em conjunto as coisas serão sempre mais fáceis, e um filme de amor e isso acaba por resultar bem no resultado final do filme que contudo nunca e um grande filme.
A historia fala de um casal de  meia idade marcado pela perda de uma filha que descobre que o elemento feminino tem cancro do seio, sendo o filme uma passagem por todo o processo de tratamento e as dificuldades e aprendizagens inerentes ao mesmo.
EM termos de argumento o filme segue o perceito logico e emocional típico de um filme sobre doença, com o sublinhado de termos um casal maduro, com personalidades bem definidas que permite alguns diálogos muito interessantes sobre o problema embora a historia seja a esperada.
Na realização deste filme a dupla de realizadores teve aqui o seu filme mais simples embora com recurso a imagens forte e intensas da doença e um filme sem grande risco ou uma abordagem diferenciadora que contudo parece funcionar para os seus intuitos.
No cast o filme e bem interpretado principalmente por Manville que merecia mais destaque num papel intenso, físico que apenas poderia funcionar numa atriz com recursos e boa forma. Ao seu lado Neeson acaba por ser uma ancora numa personagem sóbria mas claramente menos vistosa.

O melhor - O equilíbrio emocional que o filme tem num tema onde facilmente se cai no extremo

O pior - A historia já ter sido contada

Avaliação - B-

1 comment:

Tulapanna Art said...

Great blog, thanks for posting this.