Monday, December 18, 2017

Stronger

Quando este projeto foi anunciado de imediato o espectro de oscar apareceu relacionado com esta produção ja que se conhece a proximidade dos premios com historias reais de força e perseverança. Ainda para mais quando permitia a Jake uma interpretaçao de alguem sem pernas e na luta por esta nova condiçao. Estreado com algum proposito de premios o filme reuniu boas criticas embora insuficientes para potenciar o filme na temporada de premios. Em termos comerciais o filme teve pouca divulgaçao o que lhe permitiu apenas resultados consistentes para filmes com pouca expansao nos cinemas.
Sobre o filme é facil perceber que tudo começa bem, com detalhes interessantes de realizaçao como a sequencia e o realismo da explosao, a forma como acaba por detalhar o show mediatico em que alguem em sofrimento se torna, e mais que isso a uniao entre pessoas. E claramente um filme com uma mensagem positiva, bem realizado, com detalhes interessantes principalmente na forma de filmar o sofrimento do seu protagonista. Aqui denota-se que o filme mesmo na abordagem quer ser muito mais do que um relato, quer ter um teor de filme e acaba por o conseguir ter.
Sustentando em boas interpretaçoes, embora me pareça que algumas com menos ruido acabam por ser mais eficazes do que aquelas que numa primeira analise seriam faceis de adorar, o filme tem no final o seu problema. E este problema e quando entra na cultura do heroi da naçao, tendo o epicentro nas conversas sobre guerra e da naçao americana contra o terrorismo, que tem tanto de americano como talvez de errado principalmente quando os ultimos ataques ate foram noutros locais.
E é neste americanismo exagerado que outros filmes tambem tem como principalmente American Sniper que me parece que o filme falha, porque prepara muito bem todas as sequencias do aproveitamente do sofrimento de alguem como espetaculo mediatico, para no fim o justificar num bem maior, neste caso o sentimento de uma naçao, e ai ideologicamente diferencio-me de um filme que durante grande parte da sua duraçao consegue ter otimos momentos de cinema, mas que em termos de conceito parece-me cair no final num sentimentalismo completamente despropositado.l
A historia fala de Jeff um jovem que fica sem as pernas durante o ato terrorista na maratona de Londres e que devido a uma fotografia acaba por ser o simbolo da resistencia da cidade, que o acompanha na sua recuperaçao.
Em termos de argumento e um filme obvio, na forma como tudo decorre, na forma como o sofrimento e as personagens sao criadas, parece demasiado novelesco. O ponto negativo os dialogos finais completamente de propaganda americana.
David Gordon Green e um realizador que vem de um cinema independente e onde conseguiu algum resultado. Ate ao momento no cinema de estudio ainda nao conseguiu ter um filme com dimensao para o colocar na primeira linha de realizadores. Aqui tem um bom trabalho com muito significado nas sequencias de sofrimento
No cast temos um filme de grandes interpretaçoes.Gyllenhaal tem um papel ambicioso intenso, daqueles pensados para os oscares, mas que tudo indica sera insuficiente. Penso que mesmo com todas as qualidades que estao presentes na interpretaçao cai num exagero com alguns tiques repetidos, que nao tiram merito a uma interpretaçao de excelencia mas tornam-na demasiado obvia. Bem mais silenciosa mas com uma intensidade interessantissima temos uma Maslany num primeiro maior momento no cinema, que demonstra que por vezes no lado menos luminoso do filme temos a melhor parte.

O melhor - A forma como o filme consegue ir para alem do relato de uma historia no ponto de vista cinematografico

O pior - O americanismo profundo na fase final

Avaliação - B-

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