Sunday, December 31, 2017

Bright

Aos poucos a Netflix vai começando a tornar-se poderosa tambem no que diz respeito aos filmes, depois de ja ter conseguido entrar em alguns festivais mais escassos e depois de algumas tentativas frustradas para os premios, neste natal surgiu a sua primeira grande produçao, que conseguiu reunir estrelas de primeira linha, um bom realizador e efeitos especiais de primeira linha. O resultado esteve longe contudo de ser brilhante do ponto de vista critico com avaliaçoes muito negativas para um filme que anunciou a sequela mesmo antes de ter sido lançado. Comercialmente os dados disponibilizados pela Netflix anunciaram que se tratou de um dos produtos mais vistos pela plataforma, mas ja sabemos que isso e sempre relativo.
Sobre o filme eu confesso que quando li a ideia do filme, fiquei estupfacto como é que Ayer aceitou fazer um filme com uma premissa a partida tao disparatada. E depois de ver o filme parece-me que tirando o lado humoristico das diades de policias comuns nos anos 80 o filme e um conjunto de atos falhados sem qualquer sentido e mais que isso com um argumento de base completamente vazio e desinteressante. Por isto e dificil perceber quais os reais valores de um filme que trás um mundo com seres mitologicos mas que na realidade e demasiado parecido ao nosso, e pior que isso a mitologia e magia do filme torna tudo confuso e desintersssante no desenvolvimento da historia.
Por isso é estranho um filme anunciar a sua sequela sem perceber a forma como as pessoas vao reagir. E dificil gostar de um filme que em termos de historia é demasiado vazio e que parece por vezes arriscar pouco nos parametros onde realmente funciona no caso concreto na capacidade de estabelecer uma quimca entre a dupla protagonista e nos momentos de humor que por vezes funcionam.
Dai que sobre que talvez um filme que se levasse menos a serio na criaçao de mundos e figuras mitologicas e mais centrado no humor podesse ser mais resultadista em termos criticos, contudo Ayer assume-se como um realizador de primeira linha, e estas comedias basicas nao parece ser o estilo de filme que procura. Dai que o resultante seja um frustrante despredicio de dinheiro, numa Netflix que ainda procura convencer a critica em diversos segmentos.
Em termos de historia temos uma dupla de policias constituida por um homem e por um orc que vao tentar impedir que um grupo de seres miticos mal intencionados libertem o senhor das trevas e coloquem em causa a continuidade do mundo.
Em termos de argumento uma ideia de base que na minha opiniao dificilmente poderia funcionar encontra-se unida a um desenvolvimento narrativo completamente fora de forma, num filme que so consegue funcionar a espaços com alguns momentos de humor, o que e muito pouco tendo em conta os envolvidos e mais que isso o budget do filme.
Ayer foi conquistando ao longo dos anos um espaço muito proprio nos policiais pelo seu realismo e pela sua intensidade de ação. O problema foi em Suicide Squad e aqui parece ter descido ainda mais com um filme quase sempre demasiado estranho, com alguns bons momentos de realizaçao mas um filme que perde totalmente no facto do argumento ser desastroso. Ayer tera de trabalhar muito para recuperar o que perdeu nos seus dois filmes mais recentes.
AO contrario de todos os aspetos o cast funciona, Smith e perfeito como policia descontraido, parecido com o que fez em Bad Boys, e Edgerton e o melhor do filme, numa interpretaçao de primeira linha como orc desajeitado. Acaba este ultimo ponto o unico que merecia mais do filme.

O melhor - O orc Edgerton

O pior - Um argumento completamente sem sentido algum

Avaliaçao - C-

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