É natural quando um realizador conceituado como Aronofsky entra dentro de um genero tão discutivel como o horror, que o mundo do cinema esteja atento ao resultado. Estreado no festival de Veneza Mother! foi considerado de imediato um dos filmes mais controversos do ano, uma daquelas obras marcante o suficiente ou para se amar ou para se odiar. Assim criticamente e apesar desta divisao foram mais aqueles que elogiaram o risco e a forma como o realizador desafiou tudo do que propriamente aqueles que nao gostaram. Contudo sendo obviamente um filme estranho comercialmente o filme foi um desastre principalmente tendo em conta as figuras que nele entram
Sobre o filme, eu confesso ser um adepto natural da forma como Aronofsky realiza pois coloca-se totalmente dentro das historias com uma intensidade que muitos nao conseguem ter. Dai que com excepção de Fountain que achei um filme extremamente confuso gostei de quase tudo que ele fez. O problema de Mother e que em termos de argumento e coerencia do que significa acaba por nunca existir, e isso e um problema inultrapassavel num filme, mesmo que muito do resto seja de primeira linha.
E o filme tem obviamente bons momentos, desde logo uma meia hora final de uma realizaçao inacreditavel que mais parecia a criaçao do ambiente do inferno de dante, que sufoca o espetador assim como as personagens. Temos alguns padroes morais bem vincados como a necessidade de afeto, e algumas alegorias à maternidade, nao esquecendo de bons interpretes ou nao tivesse o filme recorrido a alguns dos melhores actores da praça.
O problema e o que cola isto tudo, não existe, ficando a ideia que incialmente o argumento do filme ia por um lado e que de repente como não tem forma de conseguir dar-nos algo com logica entra numa opera de personagens no limite, que é interessante como sequencia isolada mas que significa muito pouco na logica de um filme de autor como este deveria ter sido.
Por tudo isto a minha opiniao sobre o filme é bem mais negativa do que positiva, ja que um filme pode ter os elementos todos bem constituidos mas se o que organiza tudo nao existir, são imagens soltas de boa qualidade e deste cinema eu nao gosto.
A historia fala de um casal que tenta reconstruir uma casa, sendo que o elemento masculino ao ser poeta recebe em sua casa a visita de um casal, que vai totalmente colocar a estabilidade daquele agregado em chek
Em termos de argumento na essencia parece-me um filme de tal maneira alegorico que acaba por ninguem entender na verdade o que o filme quer, qual a essencia de muitas cenas e sinceramente tenho duvidas que Aronofsky enquanto argumentista tambem saiba o que significa o filme na sua essencia.
Como realizador Aronofsky tem assinatura, em otimos momentos isolados, demonstrando bem ser um dos mais intensos realizadores do momento, contudo de quando em vez tenta fazer filmes que ninguem entende e isso pode encurtar a sua força enquanto cineasta.
Um cast de luxo que tira tudo do filme, e que sofre com a falta de coerencia do mesmo, Lawrence tem intensidade, Bardem equilibrio, e mesmo Harris e Pfeifer aparecem em papeis que encaixam perfeitamente e mais que isso bem mais visiveis do que os ultimos de ambos, contudo o filme nao ajuda para grandes meritos.
O melhor - A realizaçao
O pior - O filme ser incompreensivel em muitas das suas razões
Avaliação - C-
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