Saturday, September 30, 2017

The Beguiled

Sofia Coppola foi durante o inicio da sua carreira uma das mais apaixonantes realizadoras e alguem que os especialistas sempre vaticinaram um futuro na primeira linha do cinema. COntudo depois do supra sucesso de Lost in Translation a sua carreira foi perdendo fulgor, apenas com fugazes aparições em festivais de primeira linha, com maioritariamente boas avaliações mas sem a uninimidade que conseguiu no seu filme mais conhecido. Este ano optou por este remake com resultados criticos outra  vez interessantes e que lhe deu o premio de melhor realização em Canne sendo que comercialmente os resultados foram bem mais modestos a todos os niveis.
Eu confesso não perceber quando realizadores e autores de um primeiro nivel optam por fazer um remake. Mesmo que a abordagem e tudo seja levado ao maximo da produçao é sempre um filme sem impacto de surpreender o espetador porque ja sabemos como tudo acaba. Aqui temos isso,pese embora Copolla tenha bons momentos muito por culpa de um cast bem escolhido e de uma realização detalhada parece sempre que o filme é demasiado mecanico demasiado previsivel e isso não nos parece ser funcional para marcar o espetador.
Mas o filme tem claramente alguns pontos bem trabalhados. A intriga entre as diferentes personagens femininas algo que Copolla ja demonstrou saber fazer como muitas, o lado astuto das personagens é bem filmado, numa realizadora que consegue sempre ser complexa na forma não so de filmas as mulheres mas acima de tudo de as acaracterizar.
Assim pese embora esteja longe de um filme um grande filme este remake e um filme funcinal, mas destacado esteticamente pela sua abordagem do que em si proprio, e daqueles filmes que nunca vai vincar numa carreira de primeira linha pese embora acabe por ser um bom contexto para a mesma.
A historia fala de um soldado ferido que acaba por ser assistido numa casa de jovens, aqui todas acabam por descobrir o encanto deste individuo o que começa a causar intriga e ciume entre elas conduzindo ao perigo da sobrevivencia delas proprias.
Em termos de argumento parece-me ser um filme muito mais funcional na generalidade do que no particular. Aqui e claro que se trata de um filme onde consegue alguma densidade psicologica nos diferentes jogos das personagens femininas, mas perde bastante na pouca caracterização das mesmas.
Copolla e uma realizadora com potencial principalmente a filmas mulheres. Aqui tem esse facto e consegue ser sempre esteticamente irrepreensivel na forma como retira o melhor dos contextos. nunca adopta uma abordagem totalmente diferenciadora mas isso acaba por valer em termos dramaticos.
No cast este e talvez o melhor cast dos filmes de COpolla, boas interpretações, principalmente de Dunst e Fanning, que balançam bem com um Farrel em boa forma. Perdem todos pelas personagens serem demasiado lineares para os objetivos simplistas do filme.

O melhor - A forma como Copolla realiza o lado feminino das suas personagens.

O +pior - Um remake perde sempre o valor de surpreender

Avaliação - C+

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