Saturday, November 19, 2016

Hacksaw Ridge

Demorou dez anos o regresso de Mel Gibson à realização depois de um período de interregno depois de duas obras controversas mas que vincaram o seu caracter controverso. Depois desta paragem Gibson apostava numa história mais convencional para todo o público, pese embora insista no tema da religião. A expetativa resultou já que comercialmente e pese embora o filme não tenha estreado em tantos cinemas os resultados foram sustentados. Por seu lado criticamente foi bem recebido nas primeiras visualizações, contudo poderá ser insuficiente para lançar o filme nas nomeaçoes aos oscares mas o futuro o dirá.
Gibson tem algumas caracteristicas bem vincadas como realizador que o tornam bastante singular, principalmente na crueldade e realismo das sequencias mais violentas, e neste filme temos essa assinatura bem vincada em algumas das mais realistas, duras e intensas cenas de batalha dos ultimos tempos, e nisso o filme é imperial, marcante e eleva-o para o topo dos filmes de guerra, ou não fosse o filme realizado por alguem tão prefecionista como Mel Gibson.
Pelo lado negativo quando se fala de um filme baseado em historia real espera-se um filme dual, um filme complexo e nisso o filme não consegue ser acaba sempre por ter uma abordagem para grande publico, simpatica com a personagem, tornando muitas vezes o filme mais de um heroi de acçao do que propriamente uma adaptaçao da realidade, eu compreendo que realizadores a procura de um espaço tenham este tipo de abordagem extremamente cinematografica da historia com truques esteriotipadas, como o mau que vira bom, ou como o salvo pelo gongo, mas num realizador como Gibson e depois do realismo das imagens existe diversas sequencias de cinema puro de ficção que não ficam bem neste tipo de adaptaçoes.
Mesmo assim o realismo de Gibson e a força das suas imagens prevalece perante estes defeitos e o resultado é um filme competente de grande impacto, onde mesmo na fase inicial Gibson consegue tornar o filme descontraido como dando um relaxante para o que vem a seguir e nisso Gibson e experiente na procura do publico. O filme consegue ter humor e intensidade mas por vezes é demasiado Hollywoodesco na tentativa de fortalecer uma personagem que pelo feito já seria forte.
A historia fala em toda a vida de um jovem objetor de consciencia que tudo faz para ir defender os EUA na segunda guerra mundial no Japao. E no campo de batalha os seus feitos em salvar da morte diversos colegas de guerra sempre recusando empunhar qualquer arma de fogo.
Em termos de argumento parece obvio que a historia de base e de primeira linha, contudo a adaptação parece.me demasiado standartizada naquilo que funciona em filmes de acção americanos, e isso faz o realismo e o inspirado em factos reais nem sempre nos convencer com a sua autenticidade, principalmente na caracterização das personagem principal.
Se existe algo que sabemos que Gibson é, é bom realizador e a forma com consegue construir realismo e força nas imagens é algo que absolutamente esta comprovado e neste filme faz novamente num genero que não tinha abordado como a guerra contemporaneo. Claramente a grande mais valia do filme.
Em termos de cast temos um terreno agridoce, mesmo na construção de Garfield, se existe momentos em que o actor consegue uma intencidade e uma autenticidade de primeira linha, por outro lado por vezes falta-lhe realismo, talvez por alguma ma construçao ou exagero na definiçao da personagem. Parece sempre mais confortavel nas exigencias fisicas do papel do que propriamente no seu nivel mais dramatico. Nos restantes boa escolha de Weaving o melhor papel do filme, e claramente um erro de casting em Vaugh o filme pede outro tipo de actor, e a sua ironia descontrai o filme mas muitas vezes é exagerada.

O melhor – A realizaçao de Gibson

O pior – A forma como quiseram tornar as caracteristas e as motivações da personagem um exagero demasiado cinematografico


Avaliação - B

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