Demorou dez anos o
regresso de Mel Gibson à realização depois de um período de
interregno depois de duas obras controversas mas que vincaram o seu
caracter controverso. Depois desta paragem Gibson apostava numa
história mais convencional para todo o público, pese embora insista
no tema da religião. A expetativa resultou já que comercialmente e
pese embora o filme não tenha estreado em tantos cinemas os
resultados foram sustentados. Por seu lado criticamente foi bem
recebido nas primeiras visualizações, contudo poderá ser
insuficiente para lançar o filme nas nomeaçoes aos oscares mas o
futuro o dirá.
Gibson tem algumas
caracteristicas bem vincadas como realizador que o tornam bastante
singular, principalmente na crueldade e realismo das sequencias mais
violentas, e neste filme temos essa assinatura bem vincada em algumas
das mais realistas, duras e intensas cenas de batalha dos ultimos
tempos, e nisso o filme é imperial, marcante e eleva-o para o topo
dos filmes de guerra, ou não fosse o filme realizado por alguem tão
prefecionista como Mel Gibson.
Pelo lado negativo
quando se fala de um filme baseado em historia real espera-se um
filme dual, um filme complexo e nisso o filme não consegue ser acaba
sempre por ter uma abordagem para grande publico, simpatica com a
personagem, tornando muitas vezes o filme mais de um heroi de acçao
do que propriamente uma adaptaçao da realidade, eu compreendo que
realizadores a procura de um espaço tenham este tipo de abordagem
extremamente cinematografica da historia com truques esteriotipadas,
como o mau que vira bom, ou como o salvo pelo gongo, mas num
realizador como Gibson e depois do realismo das imagens existe
diversas sequencias de cinema puro de ficção que não ficam bem
neste tipo de adaptaçoes.
Mesmo assim o realismo
de Gibson e a força das suas imagens prevalece perante estes
defeitos e o resultado é um filme competente de grande impacto, onde
mesmo na fase inicial Gibson consegue tornar o filme descontraido
como dando um relaxante para o que vem a seguir e nisso Gibson e
experiente na procura do publico. O filme consegue ter humor e
intensidade mas por vezes é demasiado Hollywoodesco na tentativa de
fortalecer uma personagem que pelo feito já seria forte.
A historia fala em toda
a vida de um jovem objetor de consciencia que tudo faz para ir
defender os EUA na segunda guerra mundial no Japao. E no campo de
batalha os seus feitos em salvar da morte diversos colegas de guerra
sempre recusando empunhar qualquer arma de fogo.
Em termos de argumento
parece obvio que a historia de base e de primeira linha, contudo a
adaptação parece.me demasiado standartizada naquilo que funciona em
filmes de acção americanos, e isso faz o realismo e o inspirado em
factos reais nem sempre nos convencer com a sua autenticidade,
principalmente na caracterização das personagem principal.
Se existe algo que
sabemos que Gibson é, é bom realizador e a forma com consegue
construir realismo e força nas imagens é algo que absolutamente
esta comprovado e neste filme faz novamente num genero que não tinha
abordado como a guerra contemporaneo. Claramente a grande mais valia
do filme.
Em termos de cast temos
um terreno agridoce, mesmo na construção de Garfield, se existe
momentos em que o actor consegue uma intencidade e uma autenticidade
de primeira linha, por outro lado por vezes falta-lhe realismo,
talvez por alguma ma construçao ou exagero na definiçao da
personagem. Parece sempre mais confortavel nas exigencias fisicas do
papel do que propriamente no seu nivel mais dramatico. Nos restantes
boa escolha de Weaving o melhor papel do filme, e claramente um erro
de casting em Vaugh o filme pede outro tipo de actor, e a sua ironia
descontrai o filme mas muitas vezes é exagerada.
O melhor – A
realizaçao de Gibson
O pior – A forma como
quiseram tornar as caracteristas e as motivações da personagem um
exagero demasiado cinematografico
Avaliação - B
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