Se existe um tipo de
hollywood e normalmente o genero da comedia gosta de homenagear é o
precurso até ao sucesso de um comediante. Neste filme temos a
comedia de improviso sempre com a ambiçao do sucesso. Talvez por
isso este filme mesmo sem figuras pelo menos no cinema de primeira
linha tenha obtido excelentes avaliações, na forma como da imagem a
muitos grupos de teatro em Nova Iorque e a forma como todos
ambicionam o mesmo. E obvio que uma comedia, ainda para mais não
declarada tem alguma dificuldades quando não tem nenhuma figura de
montra mas mesmo assim para as ambições dos filmes os resultados
foram sustentados.
Uma das coisas que eu
gosto nos filmes é quando eles entram em mundos ou realidades das
quais conhecemos pouco, como o teatro de comedia em Nova Iorque e as
lutas e as formas, e nisso o filme e interessante na forma como
descreve o grupo de teatro, com as suas rotinas, com o seu estilo e
principalmente com as suas limitações, e nisso é um filme maduro,
que nunca procura a gargalhada fácil embora seja uma comedia. Parece
muitas vezes levar o tema a serio tornando-se num filme muitas vezes
mais dramatico do que comico, o que não é facil pela forma como o
filme facilmente poderia ir noutro sentido e acaba por ser nesta
escolha que o filme em termos de resultado final funciona.
Claro que se vamos
procurar uma comedia de gargalhada facil, ou se vamos a espera do
estilo de humor de keegan-Michael Key saimos defraudados pelo filme,
que tem um estilo muito mais pausado, muito mais vertido nos dialogos
do que propriamente numa comedia mais fisica, embora por vezes a
utilize principalmente em espetaculos, e nisso o filme consegue ao
mesmo tempo ter força entre os personagens nas suas diferenças e no
coletivo mas mais que isso na forma como demonstra bem a dificuldade
da arte independente.
Pelo lado negativo o
excesso de hipsterismo da personagem central de Sam, tudo bem que o
filme queria escolher esta personagem como veiculo da mensagem, mas
por essa forma e por querer carregar toda a dimensao pedagogica numa
unica personagem tira bastante realismo a mesma na forma em que as
suas escolhas são incompreensiveis e a falta de dialogo da mesma
torna-a num figurante com destaque de protagonista.
A historia fala de um
grupo de amigos protagonista de um grupo de teatro de improviso que
tem como sonho chegar a televisao, todo o grupo acaba por entrar em
conflito com alguns aspetos na vida de cada um que altera a dinamica
de grupo, ao mesmo tempo que tem de lutar por sobreviver como grupo.
Em termos de argumento
o filme tem opçoes muito inteligentes, desde logo o tom do filme em
não optar pela comedia facil, e levar o seu objetivo a serio. Pena e
que por vezes principalmente nos espetaculos as coisas não saiam tao
engraçadas como dialogos menos ensaiados no filme. Em termos de
personagem claras contradiçoes na personagem central, parece ser
claramente um desiquilibrio no balanço entre as personagens.
Na realizaçao Mike
Birbiglia tem uma trabalho simples, ele que tambem protagoniza o
filme parece muitas vezes ter o filme como uma autobiografia pela
forma como da as sequencias ao seu personagem e como por fezes enfoca
o seu ponto de vista. De resto interessante o clima de proximidade
que faz nas sequencias de espetaculo.
No cast pouca dimensão
e por conseguinte pouco ou nenhum jogo de risco. Nos destaques mais
positivos Chris Gethard parece ser aquele que melhor balança entre o
humor e o lado mais dramatico quando o filme lhe pede, por outro lado
Gillian Jacobs demonstra capacidade mas perde com a ambiguidade da
personagem.
O melhor – O filme
encontrar o tom certo numa comedia seria
O pior – As
incongruencias da personagem Sam, pelo peso moral que lhe é dado
Avaliação - B-
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