Saturday, April 02, 2016

Eye in the Sky

Por vezes existem pequenos filmes que fruto do acaso conseguem ter uma atualidade que o tornam naturalmente um acontecimento, numa jogada obvia de sorte. Foi isso que aconteceu com o mais recente filme de Gavin Hood, de volta aos filmes de estudio menor, com o facto de abordar a tematico do contra terrorismo e das dificuldades morais deste tipo de luta, que encaixou perfeitamente com os mais recentes ataques. Criticamente o filme foi bem recebido principalmente tendo em conta que se trata de um filme de inicio de temporada. Comercialmente o filme vai ganhando credito num terreno onde inicialmente tinha ambiçoes algo limitadas.
Eye in the Sky e uma autentica biopsia e um teste aquilo que nos acreditamos sobre como combater o terrorimos, num estilo simples de personagem inexistentes que sao meros peoes para o objetivo do filme que é fazer pensar. Pois bem somos colocados no meios de uma decisao com diversos intervenientes a dar os pros e contras, num filme simples, que tem a grande vantagem de não ter partes mas sim dilemos morais mais que estrategicos perante uma situaçao concreta. Sentimos que cada personagem e um advogado de uma parte de nos que vai no sentido de uma decisao, e isso torna o filme não so emocionalmente muito forte mas em termos de mensagem um filme unico que leva o espetador para dentro do ecra.
E essa facilidade torna este filme um acontecimento daqueles filmes que nos ficam na memoria pela montanha russa de pensamentos que nos faz ter, com uma boa realizaçao que nos coloca no meios da açao e com uma conclusao que da todo o impacto que quermos ter do filme. Nao sendo um filme de personagens de dialogos e um filme de espetador e esse e objetivo de um cinema mais que entertenimento sim de uma obra de reflexao sem a necessidade de grandes conclusoes e nisso o filme e mestre.
Com tanta qualidade apenas podemos encontrar algum defeito em algumas casualidades do filme que sao usadas de forma a potenciar ainda mais o impacto emocional e mesmo racional do filme, e o inicio algo confuso ate o filme arrancar tudo parece muito solto, pouco trabalhado o salto entre paises e personagens e permanente o que não permite que o filme agarre de uma forma facil o espetador, mas quando o faz não o larga mais.
O filme coloca-nos no meio de uma operação de controlo e captura de quatro terroristas que se preparam para preparar um atentado suicida em pleno quenia. O filme leva a diferentes focos de contolo da missao e a necessidade de tomar decisoes no aqui e agora.
O argumento e de grande impacto emocional, não e um filme que queira grandes personagens ou mesmo dialogos de primeira divisao, e um filme que quer acima de tudo fazer pensar e o dilema e criado com todos os requisitos que tornam o filme e o argumento bastante bons.
Na realizaçao Hood, depois do sucesso de Totsie teve dificuldade em conseguir encontrar o seu registo no cinema chegando mesmo aos filmes de grande estudio, quando se preparava para um regresso as origens depois de uma passagem de menor sucesso por cinema mais ambicioso tem a sua obra mais interessante, com meios, olhar militar e simplicidade dando primazia a outro tipo de aspetos.
Nao e um filme que exija muito aos seus interpretes porque não e neles que esta o centro, sao meros peoes do objetivo do filme, cumprindo apenas nos momentos de maior intensidade e de climax emocional.

O melhor – A forma como nos faz refletir sobre algo tao presente nos nossos dias.

O pior – Os primeiros cinco minutos


Avaliação - B+

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