Quando Demolition foi
anunciado todos os ingredientes para oscar contender estavam
presentes, desde logo um realizador que anos antes tinha conseguido
colocar dois dos seus filmes na carrida mais em categorias de
interpretaçao do que propriamente os filmes, um elenco e uma
historia forte. Contudo apos as primeiras visualizações percebeu-se
que a critica não tinha sido grande adepto do filme pelo que a
candidatura se esfumou de tal forma que so em Abril o filme viu a luz
do dia, já fora de qualquer corrida. Talvez por esse efeito o filme
apenas estreou em cinemas selecionados e com resultados muito longe
de qualquer expetativa.
Sobre o filme podemos
dizer que é muito estranho o seu resultado, é daqueles filmes que
tem os ingredientes quase todos para um banquete de eleiçao e nos
surge uma refeição rapida que esta longe de nos marcar. E a razão
disso tudo falta de simplicidade de processos e nunca encontrar o fio
norte. Como no filme talvez devesse ser tudo destruido e construido
de novo e provavelmente teriamos um filme completamente diferente e
claramente mais forte para a historia do cinema.
O filme ate se introduz
bem com a comunicaçao do personagem central, bem caracterizado com a
maquina de venda, o problema e quando o filme tras novas personagens
ao filme e tem de fazer orientaçoes para seguir uma linha, e aqui o
filme baralha-se por completo, nunca dando força a nenhum dos seus
vertices e por outro lado mesmo na mensagem deixa-a para o fim quando
esta já não consegue adquirir um valor que catapulte o filme para
outro resultado.
E com tristeza que leva
a dizer que um filme com sequencias isoladas interessantes e com um
bom ponto de partida o despredice num filme estranho que muitas vezes
parece andar a deriva com diversas sequencias desnecessarias e com
uma mensagem que pela forma como e transmitida ate nem chega ao
espetador. Isto tudo acaba por ser ainda mais frustrante quando tudo
poderia ser bom.
A historia fala de um
jovem viuvo que tenta descobrir o real valor do relacionamento que
manteve tentado ir a essencia peça por peça da sua personalidade
enquanto interage com uma funcionaria de uma empresa de maquinas de
venda e o seu estranho filho.
E no argumento que
reside o bom e o mau do filme, o inicio muito bem escrito e ao longo
da duraçao temos boas sequencias e bons dialogos. O problema e no
filme em si como um todo naquilo que e o resultado final aqui parece
que o filme tem diversas opçoes erradas, sequencias que não
funciona e muita dificuldade em transmitir a mensagem.
Na realizaçao Valle
tem uma forma muito propria de realizar com intrusoes. Nao posso
dizer que fiquei profundamente fascinado com este trabalho embora
consiga perceber algumas virtudes no realizador principalmente neste
filme e em Wild que e a capacidade de no movimento dos personagens
transmitir mensagens e mudanças. Mesmo assim parece-no no geral um
pior filme que os seus dois antecessores a todos os niveis.
Em termos de cast o
filme e forte Gylenhall esta em boa forma á algum tempo e aqui
encaixa bem em todos os momentos da personagem parece sempre lutar
contra um argumento pouco facil e isso só é possivel em bons
actores. Bom registo para Watts sempre intensa e um Cooper que se
encontrava algo afastado do grande ecra.
O melhor – O cast.
O pior – Saber que
com todos os ingredientes para um bom filme, não o ter conseguido
Avaliação - C
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