Friday, April 22, 2016

Demolition

Quando Demolition foi anunciado todos os ingredientes para oscar contender estavam presentes, desde logo um realizador que anos antes tinha conseguido colocar dois dos seus filmes na carrida mais em categorias de interpretaçao do que propriamente os filmes, um elenco e uma historia forte. Contudo apos as primeiras visualizações percebeu-se que a critica não tinha sido grande adepto do filme pelo que a candidatura se esfumou de tal forma que so em Abril o filme viu a luz do dia, já fora de qualquer corrida. Talvez por esse efeito o filme apenas estreou em cinemas selecionados e com resultados muito longe de qualquer expetativa.
Sobre o filme podemos dizer que é muito estranho o seu resultado, é daqueles filmes que tem os ingredientes quase todos para um banquete de eleiçao e nos surge uma refeição rapida que esta longe de nos marcar. E a razão disso tudo falta de simplicidade de processos e nunca encontrar o fio norte. Como no filme talvez devesse ser tudo destruido e construido de novo e provavelmente teriamos um filme completamente diferente e claramente mais forte para a historia do cinema.
O filme ate se introduz bem com a comunicaçao do personagem central, bem caracterizado com a maquina de venda, o problema e quando o filme tras novas personagens ao filme e tem de fazer orientaçoes para seguir uma linha, e aqui o filme baralha-se por completo, nunca dando força a nenhum dos seus vertices e por outro lado mesmo na mensagem deixa-a para o fim quando esta já não consegue adquirir um valor que catapulte o filme para outro resultado.
E com tristeza que leva a dizer que um filme com sequencias isoladas interessantes e com um bom ponto de partida o despredice num filme estranho que muitas vezes parece andar a deriva com diversas sequencias desnecessarias e com uma mensagem que pela forma como e transmitida ate nem chega ao espetador. Isto tudo acaba por ser ainda mais frustrante quando tudo poderia ser bom.
A historia fala de um jovem viuvo que tenta descobrir o real valor do relacionamento que manteve tentado ir a essencia peça por peça da sua personalidade enquanto interage com uma funcionaria de uma empresa de maquinas de venda e o seu estranho filho.
E no argumento que reside o bom e o mau do filme, o inicio muito bem escrito e ao longo da duraçao temos boas sequencias e bons dialogos. O problema e no filme em si como um todo naquilo que e o resultado final aqui parece que o filme tem diversas opçoes erradas, sequencias que não funciona e muita dificuldade em transmitir a mensagem.
Na realizaçao Valle tem uma forma muito propria de realizar com intrusoes. Nao posso dizer que fiquei profundamente fascinado com este trabalho embora consiga perceber algumas virtudes no realizador principalmente neste filme e em Wild que e a capacidade de no movimento dos personagens transmitir mensagens e mudanças. Mesmo assim parece-no no geral um pior filme que os seus dois antecessores a todos os niveis.
Em termos de cast o filme e forte Gylenhall esta em boa forma á algum tempo e aqui encaixa bem em todos os momentos da personagem parece sempre lutar contra um argumento pouco facil e isso só é possivel em bons actores. Bom registo para Watts sempre intensa e um Cooper que se encontrava algo afastado do grande ecra.

O melhor – O cast.

O pior – Saber que com todos os ingredientes para um bom filme, não o ter conseguido


Avaliação - C

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