Treze anos depois de um peculiar filme de terror se ter tornado um sucesso comercial pela surpresa do seu final, embora com alguns apontamentos abertos que agora esta prequela tenta fechar, num filme lançado diretamente para a aplicaçao Paramount +, que apenas repete a pequena protagonista do primeiro filme, agora adulta, na repetiçao de uma das figuras que mais funcionou nos ultimos tempos em termos de terror. Este segundo capitulo como o primento nao foi propriamente um sucesso critico com avaliaçoes demasiado medianas. Comercialmente parece ser um dos valores que fara algumas aplicações de streaming ficarem mais fortes.
Sobre o filme desde logo existe uma implicação que condiciona muito daquilo que poderia ser a prodiução do filme que o facto da sua protagonista, e em grande parte a responsável pelo sucesso em termos de horror do filme, ja nao ser uma criança mas uma adulta, mas ter de dar a impressão que ainda o é. Essa dificuldade o filme tenta a todo nivel ultrapassar mas nunca consegue efetivamente e isso condiciona em muito aquilo que é a congruencia da sua historia.
Do ponto de vista narrativo o filme tem algumas oscilações que acabam por o diferenciar ligeiramente, ao nao colocar o tonico apenas no desajuste da personagem, mas tambem tentar encontrar o lado negro das outras personagens de forma a equilibrar os esforços, e nao termos o tipico filme dos bons contra a força terrivel, e nisso o filme e algo original, embora simplista como alias sao a grande parte dos filmes de terror dos dias de hoje.
Ou seja um filme que preenche algumas das lacunas do argumento do primeiro filme, treze anos depois, um filme que tenta ter a funcionalidade estetica do primeiro filme, a custa da interpretaçao estetica da entao jovem Isabelle Furham, mas que acaba por ter dificuldades em esteticamente fazer funcionar a premissa inicial do filme, embora narrativamente tente fugir ao habitual na parte do desenvolvimento central, acabando num medianissimo filme de terror.
A historia e previa ao primeiro filme e explica a chegada de Esther aos EUA depois de sair de uma clinica de saude mental e assumir a identidade de uma menor desaparecida de quem assume o lugar na familia contudo a historia do desaparecimento podera colocar em causa o seu disfarce.
No argumento o filme tenta contrariar algumas das lacunas evidentes do primeiro filme no que diz respeito a algumas explicações, colocado esse ponto de lado o filme acaba por ser algo simplista na premissa sem grande desenvolvimento das personagens, mas com um percurso diferente no que diz respeito aquilo que é o comum em franchsing de terror.
Na realizaçao a batuta foi entregue ao dedicado ao terror William Brent Bell que acaba por fazer o possivel embora dentro do tipo de cinema mais comercial de terror que tem feito. A estetica da personagem e o crescimento da actriz trazem dificuldades que tentam ser contornadas com truques de camara o que nem sempre e conseguido, e talvez explique o porque do realizador caminhar por este percurso comercial mas não de autor.
No cast apenas Furham repete a personagem que lhe deu fama, num trabalho mais dificil pela necessidade de infantilizar esteticamente algo que no primeiro filme nao era necessario ja que era a sua idade. A actriz esforça-se mas esteticamente nem sempre funciona. No restante um regresso de uma Stiles algo diferente do habitual com alguns momentos interessantes a tentar recuperar o fulgor de uma carreira desaparecida.
O melhor - O facto do filme nao cair na historia de sempre.
O pior - Esteticamente dificil, mas muitas vezes ninguem acredita nos 9 anos da personagem.
Avaliação - C
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