Monday, August 22, 2022

Ressurection

 Nos últimos anos Rebecca Hall tornou-se numa das mais constantes e intensas atrizes de thrillers psicológicos que a tornaram numa atriz bem próxima da critica, neste ambiente mais dark, explorando as suas expressões faciais. Este ano surgiu este peculiar thriller que acabou por ser bem recebido pela critica o que lhe permitiu alguma visibilidade em termos de expansão comercial. Neste particular os resultados foram modestos ja que a atriz funciona bem melhor no que diz respeito a forma de ser em termos críticos do que comercial.

Sobre o filme podemos dizer que é mais um estranho filme sobre saúde mental, igual a muitos outros que são lançados que criam a constante duvida entre a realidade das ações com a saude mental e a prespetiva da doença. O filme acaba por ser suficientemente claustrofobico na sua definição de relações abusivas e isso da lhe uma intensidade interessante, que vai oferecendo palco a uma interpretaçao forte de Hall, mas sobra pouco, e o exagero de alguns momentos levam o filme para um lado demasiado horrorifico sem que isso por si so seja suficiente para potenciar uma mais valia para o filme.

No que diz respeito as diferentes dinâmicas do filme, também me parece que aqui o filme é algo partido. Se o lado do ciclo da agressão e da escalada e bem montada, embora o filme ao entrar muito na dinâmica exagerada da agressão perca esse norte, acaba por ser dos apontamentos onde o filme é mais funcional e de maior impacto. Podemos perceber que por vezes o filme se perde em tentar chegar a demasiados pontos e isso tire-lhe alguma força em alguns momentos.

Ou seja um thriller de segunda linha, que acaba por ter na construção e nos recursos de Hall na interpretação dramatica como mais valia. A oscilação entre a realidade e a perceção nem sempre me parece ser conduzida da melhor maneira, tornando em alguns momento o filme confuso. No final fica a sensação clara que o filme cumpre de forma simples os objetivos mas sem entusiasmar, e que o exagero de algumas opções era a todos os niveis descenessários.

A historia fala de uma mãe e bem sucedida mulher que começa a revisitar o seu passado abusivo, no momento em que reencontra um seu antigo namorado que a conduziu a uma experiência de abusos continuos com capacidade de marcar para uma vida inteira.

O argumento tem alguns elementos bem interessantes que acabam por ser algo desprediçados pelo facto do filme os agrupar em demasiado. Sublinha-se o lado ciclico da agressão entre personagens que o filme trabalha bem. Individualmente em cada relação o filme e menos feliz na abordagem.

Na realizaçao Andrew Semans surge com o seu filme mais visivel, que lhe da o lado negro necessário mas sem grande arte na forma como condimenta. E um filme de segunda linha produtiva que se assume como tal, e que na sua ideia nunca tenta ser um filme para todos.

Em termos de cast Hall e intensa e esta num bom momento de forma e o filme beneficia muito disso. Ja Roth parece mais gasto neste tipo de registo, de um ator que prometeu bem mais do que posteriormente acabou por dar.


O melhor - A intensidade de Rebecca Hall

O pior - O filme torna-se exagerado em alguns momentos


Avaliação - C+



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