Este filme completamente multicultural passado entre uma inglaterra tradicional e uma frança glamurosa foi uma das grandes surpresas do verão, pelo mediatismo que foi tende, principalmente tendo em conta a sua falta de estrelas de primeira linha, onde acaba por ser a marca Dior que tinha mais valor comercial no âmbito deste mesmo projeto. O filme potenciado por uma boa receção critica acabou por ter alguma expansão que lhe permitiu consistentes resultados de bilheteira, tendo em conta os objetivos iniciais.~
Este filme e uma pequena e simples comedia britânica, de emoções fáceis, que acaba por juntar de uma forma simpática dois mundos antagónicos. No final surge um filme tão próximo das telenovelas, mas com valores tão simples e positivos que acaba por agradar à maioria dos espetadores, pelos valores de esperança e da valorização dos valores básicos humanos que transmite, com alguns dos apontamentos mais interessantes da comedia de costumes britanicos e dos filmes de alta costura.
Nao sendo um filme com uma historia muito elaborada, ou muito original, acaba por ser um filme de personagens, e onde a Mrs Harris acaba por ser uma especie de Forrest Gump dos nossos dias, na transmissão dos valores basicos que devem estar inerentes a qualquer estatuto. E nisso o filme funciona, devido a uma construção muito interessante de uma atriz com recursos como Manville e da forma como o filme consegue ir ao lado simplista das vilas britanicas ao glamour da alta costura Dior.
Ou seja um filme simples, quase primario naquilo que são os procedimentos da construção de um argumento, mas pela sua quase inocencia funciona, porque todos gostamos dos sentimentos que vao sendo transmitidos de uma forma continua ao longo do filme e pela ligeireza que o mesmo assume. Nao se fazem muitos filmes assim, e os que se fazem poucos conseguem comunicar tão bem como o espetador.
O filme fala de uma empregada de limpeza, que apos a morte do marido tem como sonho reunir todos os seus valores monetarios e adquirir um vestido Dior, onde acaba por entrar no mundo da marca e na ligação entre diversos intervenientes associado a prestigiada marca, com alguns contratempos para atingir o seu objetivo.
O argumento e simplista, quase de telenovela de inicio de tarde, mas a forma desprendida e simples com que tudo e construida acaba por comunicar bem como o espetador, e todos saem com a sensação que o filme é o que quer ser e isso agrada a maior parte dos espetadores.
Na realizaçao Fabian e um realizador de festivais menores de algum sucesso que tem aqui um projeto de maior dimensão que acaba por funcionar pela forma como consegue ir buscar a natureza dos seus proprios contextos e acaba por ser um bom trabalho desprendido que podera abrir outras portas.
No cast todos os louvores vao para Manville uma actriz multifacetada capaz de construir as personagens mais perigosas como as mais doceis, estando aqui com esta roupagem que constroi perfeitamente. A sua presença domina o filme do primeiro ao ultimo minuto, e quando assim é existe pouco espaço para os restantes.
O melhor - A construção de Manville desta apaixonante Mrs Harris
O pior - O historia e claramente demasiado simplista
av
aliação - B-
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