Está satira cheia de intenção do sempre polémico Michael Winterbottom foi um dos ultimos filmes a ver a luz do dia em alguns cinemas concretos antes do confinamento. Um realizador polemico que tem intercalado filmes de algum sucesso com outros mais medianos, teve aqui um filme com pouca repercurssão critica, mesmo tendo em conta a presença de uma mensagem politica forte. Do ponto de vista comercial não sendo um filme obviamente de grande publico os resultados ate acabaram por ser satisfatorios.
Winterbottom tem algo que e absolutamente inquestionavel, a coragem de tocar em pontos fortes e polemicos independentemente de quem acabam por tocar ou não, isso torna obviamente um realizador polemico, mas que faz com que os seus filmes adquiram algum conteudo que os torna pelo menos na simbologia e na mensagem fortes e este filme acaba por nao ser exceção desse ponto.
Menos funcional parece-me neste filme o estilo de satira demasiado exagerada que o filme quer ter, tornando-o quase ridiculo em alguns pontos. O estilo de humor acaba por tentar ser uma assinatura suavizante e ironica do filme mas confesso que por vezes torna tudo demasiado idiota tento em conta a mensagem seria final que quer ter e que merecia talvez um melhor contexto, principalmente do ponto de vista da narrativa.
Ou seja Greed e um filme com algumas virtudes ficando na memoria os dados estatistico espelhados nos ultimos momentos do filme e que refletem alguns dos conteudos e mensagens que o filme quer passar, mas fica a ideia que tudo é feito de uma forma demasiado disparatada para quem queria fazer vingar uma ideia totalmente clara e politica.
A historia segue os primeiros passos ate a criaçao de um imperio por parte de um industrial da moda, e da forma como o enriquecimento do mesmo extravagante e com todos os luxos se faz a custa de populações pobres.
Em termos de argumento devemos diferenciar a mensagem politica denunciante que funciona com a intriga escolhida em termos de personagens e dialogos para fazer essa mensagem funcionar. Fica a ideia que a primeira parte e bem comprida a segunda deveria ser mais trabalhada.
Winterbottom e um realizador polemico que tem-se dedicado nos ultimos tempos a filmes mais simplistas e suaves, tendo em The Trip o seu maior sucesso. Aquin tenta conjugar dois generos que nao funcionam bem como o filme denuncia e a comedia satirica, e nao consegue encontrar o meio termo que funciona de cola ao filme.
No cast a escolha obvia de Coogan para protagonista ou nao fosse o ator fetishe do realizador encaixa perfeitamente no lado mais comico e disparatado que o filme quer ter, mas perde alguma seriedade num ator talhado para filmes mais comicos. Nos secundarios pouca ou nenhuma referencia de particular destaque.
O melhor - O caracter denunciante do filme.
O pior - A incapacidade do filme unir dois mundos diferentes
Avaliação - C
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