Em 2019 a produtora europeia Studio Canal produziu e lançou em alguns circuitos este biopic sobre Marie Curie, quem sabe com algumas esperanças que o filme resultasse bem dentro da critica mais especializada e conseguisse lançar-se na temporada de prémios principalmente Rosmund Pike. Contudo o filme ficou longe das boas avaliações criticas com resultados demasiado medianos que foi atrasando o seu lançamento noutros mercados. Com a pandemia o filme foi lançado diretamente em aluguer com resultados pouco impactantes.
Maria Curie teve sem duvida uma importância inquivoca para aquilo que e hoje a nossa realidade e mesmo a nossa historia pelo lado bom do desenvolvimento da medicina mas também no lado mau da radioatividade. O filme e algo difuso ao tocar nestes pontos tentando juntar ao mesmo tempo o biopic da historia com uma analisa a posterior das suas descobertas e isso torna o filme pouco coeso e demasiado difuso, baixando e muito os seus ritmos e complicando a comunicação com o espetador.
O filme tem no entanto um ponto em que funciona que e a sua riqueza visual, não so na configuração de época mas acima de tudo na forma como avança alguma originalidade nas abordagens no conhecimento químico. E um filme que por vezes pensa bem as suas imagens embora o seu plano de fundo nos pareça demasiado ambicioso para o resultado final que nos da.
Este e um biopic de segundo nível que nos parece ter dificuldade em traduzir em imagens o alcance das descobertas de Curie. O debate interior consegue estar no filme mas por sua vez a vida familiar e amorosa de CUrie tinha alguns pontos de interesse mas esteve longe de ser por si so fascinante.
A historia fala-nos das descobertar de Marie Curie, desde o seu relacionamento com o marido que lhe deu o nome, os avanços e perigos da radioatividade e a forma como isso condicionou a sua vida em diversas fases, mas também a historia.
O filme tem um argumento audaz, ao tentar ter uma historia de vida reunindo a com o que ela se traduziu no futuro. Isso e ambicioso mas o filme não faz a melhor utilização deste arrojo já que o filme se torna algo confuso nos seus parâmetros e nas suas personagens nunca conseguindo com a sua narrativa prender os espetadores.
Na realização o cargo foi entregue a Marjane Strapi uma realizadora a dar os primeiros passos nas longas metragens live action depois de ter surpreendido o mundo com a sua animação de Persépolis. Aqui tem arrojo e o filme e mais bonito e competente na sua imagem do que na sua historia e isso pode ser interessante no futuro da realizadora.
No cast podemos dizer que Pike e eficaz mas não brilha numa personagem onde o podia fazer, o carisma nem sempre esta presente mas o filme nem sempre consegue potenciar a própria personagem. Não e um filme que peça muitos aos seus secundários.
O melhor - Algum arrojo estético do filme.
O pior - EM termos narrativos o filme confunde-se um pouco
Avaliação - C
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