Wednesday, October 30, 2019

Luce

Estreado no inicio deste ano no sempre particular Festival de Sundance, este pequeno filme recheado de algumas figuras de primeira linha de hollywood, pese embora não tenha saido vencedor do certamente consguiu reunir boas avaliações criticas embora insuficientes para potenciar o filme para a temporada de premios. Comercialmente as coisas foram mais funcionais com resultados interessantes principalmente tendo em conta que foi um filme com pouca expansao em termos de cinema.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme intigrante, que a pressão continua das personagens e o enigma de cada uma delas acaba por ser muito bem gerido na tensão e misterio que temos sempre presente. Nao e um filme linear e essa indecisão das personagens que transparece para o espetador acaba por ser um trunfo que funciona muito bem no clima sombrio que o filme quer ter, tornando o thriller psicologico uma realidade.
Nao temos um filme de verdades absolutas, muito pelo contrário, vamos vendo os dois lados da questão nao sabendo muito bem o que pensar. O filme trabalha esse aspeto de forma competente, embora no pareça que a conclusao do filme nao mantem o nivel que o filme consegue manter ao longo da sua duração. Mas de resto temos os conflitos os avanços e retrocessos em cada dinamica que nos faz pensar como poucos filmes o fizeram este ano.
Muito do sucesso deste filme resulta nao so da ambiguidade das personagens que tornam a historia ambigua do ponto de vista positivo, mas acima de tudo também na forma facil com que o filme consegue explorar as fraquezas de cada personagem na disputa entre aquilo que esperamos e aquilo que temos.
A historia fala de um jovem estudante oriundo da Eritreia que apos ser adotado por um casal bem integrado começa a ser visto como um exemplo de sucesso, algo que não é compartilhado com uma professor que começa a perceber algumas incongruencias no comportamento do aluno, que leva a um conflito em crescendo entre ambos.
O grande valor do filme reside no seu argumento e na forma como o mesmo alimenta um conflito latente sem grandes imagens ou açoes muito por culpa de dialogos dissimulados que fazem o filme reunir uma tensão bem psicologica que alimenta bem os propositos do filme.
Na realizaçao Julius Onah consegue dar a volta ao resultado menos feliz de paradoxo cloverfiel com um bom trabalho negro, que deixa o filme ter uma nuvem nas personagens que esteticamente permitem esse clima ao filme. Para um realizador em inicio de carreira temos aqui um bom planfleto.
No cast muito do sucesso do filme está bem situado na prestação ambigua de Kelvin Harrisson jr, o jovem ator consegue dar a personagem os dois lados que essa necessita, sendo que a ironia perigosa e transmitida com muita qualidade para um ator algo secundario até ao momento, mas que tem aqui uma das melhores interpretaçoes do ano. Nos secundarios Watts e Spencer sao o resguardo explosivo de uma personagem algo sublime.

O melhor - A forma como o filme deixa uma tensão disfarçada gerir todo o filme

O pior - O final nao tem a intensidade esperada

Avaliação - B

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